Nesta quinta-feira (20), Wagner Nascimento, diretor de Seguridade da Previ, eleito pelos associados, divulgou um pequeno vídeo nos canais oficiais da entidade para reforçar que o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil segue com segurança e pagando em dia os benefícios dos aposentados e pensionistas. "Sem atrasos, sem surpresas. Tudo certo, como sempre foi e continuará sendo", reforçou.
A peça de comunicação, divulgada na data em que, todo o mês, a entidade realiza os pagamentos não é tradicional. Faz parte de uma série de vídeos que diretores da Previ gravaram nos últimos dias para gerenciar desinformações propagadas desde que o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Walton Alencar Rodrigues, propôs e conseguiu a abertura de uma auditoria sobre o Plano 1 da Previ.
O motivo alegado para a abertura dessa análise é um déficit de R$ 14,5 bilhões, ocorrido antes de concluído 2024. Mas os diretores da Previ reforçam que essa movimentação tem relação direta com mercado e cenário econômico, naquele período, e que não colocou em perigo o Plano 1, por conta da “gordura” que a entidade vem acumulando em seus mais de 120 anos. “O que aconteceu ao longo de 2024 foi uma oscilação, o que não é incomum aos fundos de pensão e até mesmo em planos maduros, que têm quase seus associados já aposentados”, pontuou o diretor eleito de Administração da Previ, Márcio de Souza, em outro vídeo institucional.
Ele seguiu explicando que os termos "rombo" e "prejuízos", utilizados por parte da imprensa e contidos na proposta nos textos do ministro Walton Alencar, estão errados para se referir ao Plano 1 ou qualquer outro plano da Previ, demonstrando falta de conhecimento técnico sobre os fundos de pensão.
"O Plano 1 tem hoje um patrimônio total na ordem de R$ 243 bilhões e encerrou o mês de novembro de 2024, com superávit. Isso quer dizer que, segundo os cálculos atuariais, esse montante é suficiente para pagar os benefícios de todos os associados e pensionistas até 2100", disse Márcio de Souza. "Falar em rombo ou prejuízo não está correto. Porque a Previ não precisou vender nenhum dos seus ativos por um preço abaixo do valor de mercado para honrar os seus compromissos. Isso sim seria prejuízo", reforçou. "O termo técnico e correto, portanto, para o desequilíbrio entre ativos e passivos, sofrido por um fundo de pensão, é déficit ou superávit", pontuou o diretor de Administração.
Em 2023, o mesmo Plano 1 havia encerrado o ano com superávit de R$ 14,5 bilhões. “Então, iniciamos o ano com superávit e, até novembro de 2024, nossos investimentos renderam R$ 5,4 bilhões. Os investimentos da Previ tiveram rendimento positivo em 2024, abaixo do que esperávamos, é verdade, mas ainda assim positivo. Até novembro, porém, a Previ desembolsou mais de R$ 15 bilhões para pagamento de benefícios. Além disso, também contabilizamos outras despesas, como a variação das chamadas provisões matemáticas, que são as obrigações futuras do plano, com o pagamento dos benefícios e receitas, como a entrada das contribuições dos associados e do patrocinador", completou o diretor de Administração.
Em entrevista ao portal Capital Aberto, a diretora eleita de Planejamento da Previ, Paula Goto, ressaltou que, mesmo diante do cenário de 2024, o Plano 1 manteve-se em equilíbrio, por causa do histórico de gestão que lhe permitiu ter um significativo colchão de reserva. "Nos últimos 20 anos, a carteira de investimentos do Plano 1 acumulou uma rentabilidade 273% acima da meta atuarial. A rentabilidade do plano também supera o CDI e o Ibovespa no acumulado dos últimos 15 anos. No fim das contas, mesmo diante de um ano tão desafiador, o Plano 1 apenas consumiu parte do 'colchão de reserva' acumulado até 2023, chegando aos tais R$ 14 bilhões de déficit no exercício, até novembro de 2024. Porém, com um resultado acumulado ainda de um superávit de R$ 528 milhões, o que mostra que ele se encontra em equilíbrio para continuar honrando com seus compromissos de longo prazo", destacou.
Olhar atento dos donos
"A Previ, como qualquer fundo de pensão fechado, sempre foi auditada, por entidades internas e externas. Mas essa decisão, partindo do TCU, nos pegou de surpresa por diversos fatores. Primeiro porque o TCU, em regra, é um órgão instituído para auditar entidades públicas, que utilizam recursos públicos, e a Previ gerencia recursos próprios, privados, dos funcionários e funcionárias do BB. Segundo, porque o ministro Walton propôs um período muito específico, de janeiro a novembro de 2024, mas se ele tivesse proposto um período um pouco maior, ou seja, a partir de 2023, veria que o Plano 1 segue em equilíbrio e produz resultados superiores aos pares, historicamente", comentou a funcionária do BB e coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.
“Então, é muito importante que compreendamos, como associadas e associados da Previ, o que está acontecendo, aprender cada vez mais como funciona o sistema fechado e, especialmente, o nosso fundo de pensão. Por isso precisamos também compartilhar dados que são reais, para lutar contra todo o tipo de desinformação”, concluiu.
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