A alta nos preços dos alimentos, do botijão de gás e da energia fez a inflação pesar mais no bolso dos mais pobres, conforme dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) na segunda-feira (16). No segmento de renda alta, maior que R$ 17.260,14 por domicílio, a inflação foi de 1% no mês passado, segundo o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda. Na outra ponta, para a renda muito baixa, menor que R$ 1.726,01, a variação foi de 1,06%.
A taxa acumulada em 12 meses aumentou para todas as classes de renda. No entanto, para o segmento de renda alta a inflação ficou em 10,8%, enquanto esse índice sobe para 12,7% para a classe de renda muito baixa, diferença de 17,5%. No acumulado do ano, até abril, a inflação para os mais ricos ficou em 3,7%. Já para os mais pobres, o índice acelerou para 4,5%.
Nos três segmentos mais baixos – renda muito baixa, baixa e média-baixa – a maior contribuição à inflação, em abril, veio do grupo alimentos e bebidas. Esse grupo contribui com 61% do aumento inflacionário. Destaque para as altas do arroz (2,2%), feijão (7,1%), macarrão (3,5%), batata (18,3%), entre outros. Os mais pobres também sofreram com aumento de 6,1% dos medicamentos.
Da mesma forma, nos últimos 12 meses, pesou para esses grupos a alta dos alimentos in natura, das proteínas, dos farináceos e dos óleos e gorduras. A cenoura, por exemplo, subiu 178,1%. O frango teve aumento de 21,7%. A farinha de trigo ficou 23,2% mais cara, assim como o pão francês, que subiu 13,1%. Já o óleo de soja teve alta de 31,5%, e margarina, 22,2%. Além disso, o grupo habitação também teve influência, com alta de 32,3% no gás de botijão e 20,5% na energia elétrica.
Mais ricos
Por outro lado, para famílias renda média, média-alta e alta, o grupo transporte representou 60% de toda a inflação em abril. Nesse sentido, as passagens aéreas ficaram 9,5% e o transporte por aplicativo subiu 4,1%. Também contribuiu as altas da gasolina (2,5%), do etanol (8,4%) e do diesel (4,5%).
Nos últimos 12 meses, a alta nos transportes também foi fator que mais pesou para os mais ricos, refletindo principalmente a alta nos combustíveis. Nesse período, gasolina subiu 31,2%; o etanol, 42,1% e gás veicular, 45,2%. Também houve alta no transporte por aplicativo (67,2%), no táxi (11,5%) e nas passagens aéreas (14,3%).
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