O Senado aprovou, na tarde da última terça-feira (24), o Projeto de Lei 1246/2021, de autoria da deputada Tábata Amaral (PDT-SP), que determina que as empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas e outras companhias em que a União, o estado ou o município, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto reservem para mulheres, pelo menos, 30% das vagas de membros titulares dos seus conselhos de administração. O projeto, que já havia sido aprovado na Câmara dos Deputados, segue para a sanção presidencial.
Na Caixa, o percentual de 30% de mulheres em cargos de direção, englobando as diretorias e vice-presidências, é uma conquista das negociações da Campanha Nacional dos Bancários de 2024. A inclusão da cota para mulheres no Estatuto Social do banco foi aprovada pelo Conselho de Administração e anunciada pelo presidente Carlos Vieira no dia 5 de maio, em uma “live” com as empregadas e empregados. O Conselho também debateu a inclusão de cotas para outros segmentos sociais, mas a decisão ficou para uma próxima reunião.
“A aprovação pelo Congresso Nacional da cota de 30% nos Conselhos de Administração das empresas públicas deve ser comemorada, mas assim como cobramos ampliação da cota na Caixa, também cobramos a ampliação nas demais empresas públicas”, disse a representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Fetrafi) do Nordeste na Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, Chay Cândida. “Na Caixa, somos 45% do quadro de pessoal e na sociedade somos mais da metade. A cota de 30% já é um avanço, mas queremos a proporcionalidade de nossa representação na população total”, completou.
O parágrafo 4º do artigo 17 do Estatuto Social da Caixa define, que “para composição da Diretoria Executiva, observar-se-á que, no mínimo 1/3 dos membros titulares efetivos serão mulheres, conforme gênero declarado no momento da indicação e de acordo com as diretrizes da política de sucessão de administradores da CEF, à exceção do(a) Presidente da Caixa, que será indicado pelo Presidente da República.”
“Entendemos que a cota já englobava o Conselho de Administração, mas, se com a aprovação da nova lei de cotas pelo Senado for preciso fazer alguma alteração no Estatuto, vamos reforçar o pedido para que na nova versão do documento não haja mais o teto de 6,5% da folha de pagamento para os gastos da Caixa com a saúde do seu quadro de pessoal”, lembrou Chay.
Luta histórica
A representante eleita pelos trabalhadores para o Conselho de Administração da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, conhecida como Fabi por seus colegas de trabalho, reforça que a aprovação do Projeto de Lei é uma vitória para empregadas e empregados de todo o país.
“Tenho orgulho de ter feito parte do debate realizado no CA que levou à aprovação dessa mudança, que reflete uma luta histórica das empregadas da Caixa", disse Fabi. "Tanto o Projeto de Lei 1246/2021 quanto a mudança no Estatuto da Caixa proporcionam a maior participação das mulheres em cargos de chefia. Não como um prêmio, mas como reconhecimento pelo trabalho que nós mulheres estamos realizando”, completou.
Consulta Nacional dos Bancários segue até 14 de julho
Categoria bancária é pioneira na luta em defesa da população LGBTQIA+
Emoção marca lançamento da Campanha de Sindicalização 2025 da FETEC-CUT/SP
Fenae inicia nova pesquisa sobre saúde física e mental dos empregados da Caixa. Participe!
Decisão judicial reforça direito à desconexão e garante pagamento por trabalho fora da jornada
Em 2024, saúde mental foi a principal causa dos afastamentos na categoria bancária
Conferência Livre de Mulheres no Ramo Financeiro será realizada na sede da Contraf-CUT, dia 17/07
Câmara Municipal de Araraquara aprova Moção de Repúdio contra terceirização fraudulenta promovida pelo Santander
Sindicato participa de Seminário sobre NR-1 e saúde mental dos bancários nesta quarta-feira (25), em São Paulo
Institucional
Diretoria
História
Conteúdo
Acordos coletivos
Galeria
Notícias