Na Caixa, as empregadas e empregados convivem com sobrecarga de trabalho, constantes problemas nos sistemas, descomissionamentos arbitrários, cobrança abusiva de metas, desigualdade e tantos outros problemas que afetam o dia a dia de trabalho no banco e, consequentemente, a saúde dos trabalhadores. Mas, em mesa de negociação da Campanha Nacional dos Bancários, os bancos negaram que o adoecimento da categoria é uma consequência da cobrança abusiva de metas e do assédio moral.
“Precisamos estar atentos e mobilizados para manter nossos direitos na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria e também no Acordo Coletivo específico das empregadas e empregados da Caixa, além de avançar no combate de práticas de gestão que levam ao adoecimento e perpetuam a desigualdade de oportunidades, seja devido a cor da pele, condição física, gênero, ou orientação sexual das empregadas e empregados”, disse o diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal, Rafael de Castro. “Não podemos mais permitir que o assédio e o preconceito prejudiquem a ascensão na carreira e a valorização do trabalho das pessoas”, completou.
Funcef
“O banco quer impor uma proposta para o equacionamento de déficits que diminui os benefícios dos participantes do Reg/Replan Saldado. E este movimento também ameaça os demais planos administrados pela Funcef”, ressaltou a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil. “Nesta proposta, sequer se fala sobre a Caixa assumir a responsabilidade pelo contencioso de ações judiciais decorrentes de erros cometidos pelo banco no pagamento de seus empregados, cujos valores são colocados para a Funcef pagar”, completou. “Mas, se a Funcef paga, na verdade quem paga somos nós, que somos donos do dinheiro da Funcef. Sem responsabilizar a Caixa pelo contencioso, a dívida que é do banco é jogada para os empregados pagarem”, continuou.
A Contraf-CUT e a Fenae, respeitando o interesse dos participantes, não aceitaram nem discutir esta proposta que impõe perdas aos trabalhadores. E exigem que uma nova proposta seja debatida. “Mas a Caixa e a Funcef continuam querendo impor esta proposta. Temos que nos manter mobilizados para evitar perdas para os trabalhadores. Juntas e juntos somos mais fortes!”, disse o coordenador da CEE.
Saúde Caixa
Outro debate que precisa ser encaminhado é a retirada do teto de gastos da Caixa com a saúde dos empregados, fixado no estatuto do banco em 6,5% da folha de pagamentos. O teto de gastos impede que o banco arque com os 70% dos custos de manutenção do Saúde Caixa, uma vez que o limite de 6,5% o impede de gastar mais do que o estipulado.
“O teto de gastos da Caixa com a saúde de seus empregados foi incluído no estatuto do banco, em 2017, após o Banco Central exigir que, a partir de 2016, todas as instituições financeiras cumprissem o pronunciamento 33 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC33)”, explicou o diretor de Saúde e Previdência da Fenae, Leonardo Quadros, ao lembrar que, até então, a exigência era apenas para as empresas que possuem capital aberto, com ações na Bolsa de Valores, e, por isso, a Caixa não tinha a obrigatoriedade de segui-la. “Como empresa pública, entendemos que esta obrigação acarreta em ônus indevido, e inclusive prejudica a própria empresa, pois as provisões que ela constitui em função do CPC reduzem sua capacidade de crédito”, disse o dirigente da Fenae.
Leonardo disse que, recentemente, o Banco Central dispensou algumas instituições financeiras de cumprir o CPC 33. “Manter a exigência para Caixa é, na verdade, mais uma das decisões da diretoria do Bacen que impacta negativamente toda a sociedade”, avaliou.
A representação sindical dos trabalhadores também reivindica que as empregadas e empregados admitidos após setembro de 2018, tenham as mesmas condições de permanência no plano após a aposentadoria que os admitidos anteriormente, acabando com a atual diferenciação.
Mobilização
Soluções para estes pontos, assim como o fim das designações de funções por minuto, com a volta das designações efetivas, e para os diversos problemas que afetam o trabalho das PcD, e tantos outros pontos, estão sendo cobradas nas negociações específicas com a Caixa.
“Nossa mobilização já conquistou a volta das estruturas regionais (Gipes e Repes), que haviam sido desativadas em 2021. Elas podem ajudar a agilizar soluções de questões locais”, disse Rafael. “Mas precisamos continuar mobilizados e cobrar o efetivo funcionamento dos comitês regionais de credenciamentos e descredenciamentos, também descentralizados, para resolver os problemas de falta de hospitais, clínicas e médicos credenciados na rede do Saúde Caixa”, completou.
Contratação de mais um ex-BC pelo Nubank expõe relação de interesse entre agentes reguladores e fintechs
Dia Nacional de Luta expõe contradições do Itaú: lucro bilionário, demissões e agência fechada em Araraquara
Julho das Pretas: mês celebra resistência e luta das mulheres negras no Brasil
Últimos dias para bancários e bancárias se inscreverem no 2º Festival de Música Autoral da Contraf-CUT
Negociações sobre ACT do Saúde Caixa começam ainda neste mês
SuperCaixa, problemas no VPN e Saúde Caixa foram pauta em reunião com a Caixa
Conferência nacional marca novo momento de escuta e valorização de aposentadas e aposentados do ramo financeiro
Sindicato reforça luta contra terceirização fraudulenta em audiência pública na Câmara Municipal de Araraquara
Sindicato promove atualização sobre mudanças nas Certificações ANBIMA
Institucional
Diretoria
História
Conteúdo
Acordos coletivos
Galeria
Notícias