A luta para manter o Saúde Caixa viável e sustentável vem de longe. Esse plano de saúde é uma conquista histórica dos empregados da Caixa e opera no sistema de autogestão por RH. Surgiu após processo de mobilização da categoria em defesa de melhoria na assistência à saúde.
O direito à assistência à saúde dos trabalhadores do banco público se consolidou com a unificação das Caixas Estaduais no início dos anos 1970. No decorrer dos anos ou das décadas, após mudanças nos nomes e modelos, o Saúde Caixa, como existe hoje, foi implementado em julho de 2004, com base nos princípios de solidariedade, pacto intergeracional e mutualismo, atendendo ativos, aposentados, pensionistas e seus dependentes, de forma universal e equilibrada.
Em 2003 foi iniciado um processo de negociação que culminou com a implementação do Saúde Caixa em 2004, passando a constar no Acordo Coletivo de Trabalho. O novo modelo mostrou-se sustentável, além de ter atendido a expectativa dos empregados no sentido de assegurar uma assistência à saúde de qualidade com custo acessível a todos.
Com a nova forma de custeio, deixou de haver um limite pré-estabelecido para a contribuição do banco, substituído pelo percentual de 70% das despesas assistenciais, qualquer que seja esse montante. Isso representou a garantia de que a Caixa mantivesse seu compromisso de forma perene com a sustentação do programa de assistência à saúde dos empregados.
De 2004 para cá, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e as demais representações dos empregados, aposentados e pensionistas do banco público têm atuado para assegurar as premissas que nortearam a origem do Saúde Caixa: modelo de custeio de 70% do banco e 30% do empregado, além de seu caráter sustentável, solidário e para todos.
O plano de saúde vem sofrendo sucessivas dificuldades desde 2017. Desde então, para manter o Saúde Caixa viável e sustentável, os empregados e entidades representativas têm protagonizado vários embates com a direção da Caixa e o governo federal.
Relembre o histórico da luta pela sustentabilidade do Saúde Caixa
Julho de 2004 – Após aprovação em assembleia, novo formato de custeio do Saúde Caixa, eliminando o teto para o custeio por parte do banco, previsto em 3,5% da folha, é implementado. Modelo estabeleceu a aplicação de proporção de divisão dos custos, de 70% para a Caixa e 30% para os empregados. Baseia-se em premissas da solidariedade e do pacto intergeracional, afastando a cobrança de mensalidades por faixa etária.
Janeiro de 2017 – Sem apresentar dados para comprovar a necessidade, a Caixa aumentou unilateralmente os itens de custeio do plano, passando a mensalidade de 2% para 3,46%, a coparticipação de 20% para 30% e o teto anual de cobrança da coparticipação de R$ 2.400,00 para R$ 4.209,05. Aumento foi suspenso por decisão judicial em ação proposta pela Fenae e Contraf/CUT.
Clique no link: https://spbancarios.com.br/04/2017/justica-do-trabalho-mantem-suspensao-nos-reajustes
Clique no link: https://lbs.adv.br/noticia/liminar-suspende-reajuste-do-saude-caixa/
Julho de 2017 – Governo federal discute pacote de cortes para os planos de saúde das estatais federais, com restrições para o custeio, dependentes e manutenção da aposentadoria.
Clique no link: https://www.apcefsp.org.br/saude-caixa/governo-prepara-medidas-para-inviabilizar-planos-de-saude-de-estatais
Dezembro de 2017 – Direção da Caixa altera o estatuto do banco, incluindo um teto para sua participação no custeio do Saúde Caixa, fixado em 6,5% da folha de pagamento e proventos da Funcef.
Clique no link: https://www.fenae.org.br/portal/fenae-portal/caixa-impoe-teto-de-gastos-para-o-plano-de-saude-dos-empregados.htm
Janeiro de 2018 – Governo federal publica resoluções que atacam planos de saúde de autogestão das estatais federais. Medidas previam retirar o direito ao plano das cláusulas de Acordo Coletivo, limitar a participação do banco no custeio em, no máximo, 50% das despesas, tirar o direito a permanecer no plano na aposentadoria com participação do banco e instituir reembolso aos novos contratados.
Clique no link: https://www.fenae.org.br/portal/fenae-portal/mais-um-duro-golpe-governo-oficializa-cortes-no-saude-caixa.htm
Clique no link: https://www.fenae.org.br/portal/fenae-portal/governo-publica-novas-regras-para-planos-de-saude-das-estatais.htm
Março de 2018 – Como efeito da inclusão do teto de 6,5% para o custeio do Saúde Caixa no estatuto do banco, a Caixa infla seu resultado de 2017 em mais de R$ 5 bi.
Clique no link: https://www.fenae.org.br/portal/fenae-portal/caixa-tem-lucro-liquido-recorde-de-r-12-5-bilhoes-em-2017.htm
Maio de 2018 – Deputada federal Erika Kokay (PT/DF) protocola o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 956/2018, para sustar os efeitos da resolução 23 da CGPAR.
Clique no link: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2176886
Agosto de 2018 – Acordo Coletivo de Trabalho/ACT é renovado por 2 anos mantendo o Saúde Caixa sem reajuste e sem a aplicação do teto e das regras da CGPAR. Caixa fecha o plano para adesão de empregados admitidos após 31 de agosto de 2018.
Clique no link: https://www.fenae.org.br/portal/fenae-portal/campanha-2018-na-caixa-empresa-e-governo-recuam-e-empregados-vencem-batalha.htm
Julho de 2021 – Aprovado no Congresso Nacional o PDC 342/21, de autoria da deputada Erika Kokay (PT/DF), que susta os efeitos da CGPA 23, medida que prejudica os usuários na gestão do Saúde Caixa.
Clique no link: https://www.fenae.org.br/portal/fenae-portal/sem-cgpar-23-mesa-de-negociacao-avanca-na-discussao-sobre-modelo-de-custeio-e-gestao-do-saude-caixa.htm
Novembro de 2021 – Foi aprovado o pagamento de uma mensalidade, nos mesmos valores e composição (3,5%), sobre o 13º salário de cada participante a partir do ano seguinte – 2022. Foi esta a forma encontrada para que o reajuste pesasse o mínimo possível para todos.
Clique no link: https://spbancarios.com.br/11/2022/saude-caixa-entenda-o-acordo-de-sustentabilidade-e-13a-contribuicao
Clique no link: https://www.apcefsp.org.br/saude-caixa/saiba-como-votar-a-proposta-do-saude-caixa-nesta-quinta-28-e-sexta-feira-29
Dezembro de 2023 – Assembleia híbrida/virtual, realizada pelas bases sindicais de todo o país, aprova acordo coletivo específico sobre o Saúde Caixa.
Clique no link: https://spbancarios.com.br/12/2023/saude-caixa-aprovado-o-acordo-coletivo-de-trabalho-especifico
Julho de 2024 – Pressão das entidades representativas dos trabalhadores no Congresso Nacional resulta na isenção do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) dos planos de saúde de autogestão por RH, como o Saúde Caixa.
Clique no link: https://spbancarios.com.br/07/2024/pressao-das-entidades-no-congresso-nacional-mantem-isencao-de-imposto-nos-fundos-de-pensao
Agosto de 2024 – Em reunião do Conselho de Usuários, os representantes dos empregados voltaram a cobrar da direção do banco a extinção da limitação de 6,5% da folha de pagamentos e proventos para o custeio do Saúde Caixa. O teto de 6,5%, imposto em 2017 durante o governo Temer, tem comprometido a sustentabilidade financeira do plano de saúde e a manutenção do modelo de custeio 70/30.
Clique no link: https://spbancarios.com.br/08/2024/saude-caixa-empregados-cobram-revogacao-imediata-do-teto-de-65
Setembro de 2024 – Assinado o ACT 2024 dos empregados da Caixa, no âmbito da Campanha Nacional Unificada dos Bancários 2024. O acordo, com validade até 31 de agosto de 2026, garante todas os direitos anteriores e assegura novos avanços aos trabalhadores, prevendo ainda dois compromissos: discutir o fim do teto de custeio do banco com a saúde dos empregados e discutir o direito dos empregados admitidos após 2018 de manter o plano de saúde depois da aposentadoria.
Clique no link: https://spbancarios.com.br/09/2024/act-da-caixa-e-assinado-garantindo-manutencao-de-direitos-e-avancos
Novembro de 2024 – Em reunião recente, em Brasília (DF), a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e a Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e de Autogestão em Saúde (Anapar) solicitaram à Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) a exclusão em definitivo do teto imposto no estatuto da Caixa, que limita o custeio do Saúde Caixa em 6.5% da folha de pagamento. Este limitador compromete a sustentabilidade do plano.
13 de maio: racismo não acabou e sociedade necessita de avanços
Troca de bancos no consignado CLT passa a valer no dia 16 deste mês
Benefícios da Funcef: Como a meta atuarial entra nesse cálculo?
Em 2025, vai ter Consulta Nacional dos Bancários e Bancárias!
Funcionários exigem segurança em unidades do Mercantil
Conferência Nacional do Meio Ambiente aprova 100 propostas para enfrentar emergência climática
Com manutenção do teto, gestão Carlos Vieira prevê aumento médio inicial de 77% na mensalidade do Saúde Caixa dos aposentados
Bradesco segue demitindo milhares enquanto lucro cresce 39%
Itaú Unibanco lucra R$ 11,1 bilhões no 1º trimestre de 2025 enquanto fecha agências e perde clientes
Institucional
Diretoria
História
Conteúdo
Acordos coletivos
Galeria
Notícias