O retrato da categoria bancária continuou a ser traçado durante a primeira mesa de trabalho da 23ª Conferência Nacional dos Bancários, na manhã do último sábado (4), com a apresentação do resultado parcial da pesquisa feita em parceria com a Universidade de Campinas (Unicamp) sobre as sequelas da Covid-19 na categoria bancária.
A pesquisa mapeou a saúde do trabalhador bancário já acometidos pela doença afim de subsidiar o Comando Nacional dos Bancários nas negociações com os bancos e para garantir a devida proteção à saúde dos trabalhadores. Num questionário online, eles descreveram os sintomas e outros efeitos que permaneceram após a cura. Os dados fornecidos pelos entrevistados são todos protegidos. Somente dados totalizados é que serão divulgados.
Trata-se de uma extensa e aprofundada pesquisa que busca levantar sintomas e impactos na saúde, tanto na fase mais branda da doença como na mais rigorosa, inclusive em casos de reinvenção.
Mauro Salles, secretário de Saúde do Trabalhador da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), informa que receberam muitos relatos de colegas que estão sofrendo com as sequelas da Covid-19, alguns trabalhando sem as devidas condições. “A pesquisa, cujos dados preliminares já mostram que essa preocupação é real, vai nos ajudar a buscar garantir aos colegas uma atenção especial. Vamos atuar para garantir os direitos trabalhistas e previdenciárias, e cobrar dos bancos acompanhamento dos casos, com garantia de tratamento adequado e acompanhamento médico através do Programa de Controle médico e saúde ocupacional (PCMSO, entre outras medidas”.
Para Mauro Salles, um dado que preocupa “é quando 31,2% dos bancários que responderam afirmam que o banco não lhe proveu assistência durante a infecção e 41,8% afirmaram que os bancos não disponibilizaram testes para Covid.”
A doutora Clarissa Lin Yasuda, médica e professora assistente de Neurologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM/UNICAMP), informou que os resultados preliminares do inquérito sobre alterações neurológicas em bancários após a infecção por Sars-CoV-2 mostram que os sobreviventes persistem com diversas queixas. “Sentem-se com fadiga, ansiedade, dificuldades cognitivas. Além disso, aproximadamente 30% referem-se estar com capacidade de trabalho diminuída após a infecção. Esse estudo é de extrema importância para uma caracterização detalhada das limitações e possíveis sequelas secundárias a infecção. Somente com estudos científicos será possível convencer governantes sobre a magnitude dessas limitações”.
Pesquisa continua
A Contraf-CUT e o Sindicato dos Bancários de Araraquara reforçam a importância de os bancários responderem. “A pesquisa é importante para a gente negociar. É mais uma fase na luta pela proteção da categoria bancária. A gente conta que bancárias e bancários procurem seus sindicatos para responder essa pesquisa. Eles autorizam a divulgação dos dados gerais. A proteção da identificação está garantida”, explicou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, que também é coordenadora do Comando Nacional da categoria.
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