Na última sexta-feira (22), a Controladoria-Geral da União (CGU) anunciou a demissão por justa causa de Antônio Carlos Ferreira de Sousa, ex-vice-presidente da Caixa durante a gestão de Pedro Guimarães. A decisão foi motivada por atos de assédio sexual e moral cometidos durante o governo de Jair Bolsonaro.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Araraquara e região, Paulo Roberto Redondo, destaca a importância de que seja feita a justiça. "Os casos gravíssimos e intoleráveis de violação de direitos humanos na Caixa Econômica Federal não podem ficar impunes. A expectativa de todos os empregados é de que os culpados sejam devidamente punidos. É fundamental que haja esse rigor para assegurar o respeito e dignidade na Caixa, no sistema financeiro e em qualquer local de trabalho", destacou o dirigente.
Desde a revelação das primeiras denúncias de assédio moral e sexual contra gestores da Caixa, o Sindicato, à exemplo das demais entidades de representação dos empregados como a Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa), a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e a Apcef/SP (Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal de São Paulo), tem se posicionado de forma contundente no combate a esses crimes.
As entidades defendem medidas que garantam um ambiente de trabalho digno e seguro, além de punições exemplares para assediadores.
Em junho deste ano, no marco de dois anos das denúncias contra Pedro Guimarães, a Fenae, representando o Sindicato, entregou uma carta-compromisso à Caixa, com propostas para fortalecer a cultura de respeito e erradicar o assédio na instituição.
“Infelizmente, não obtivemos retorno sobre o cumprimento das nossas propostas. Apesar disso, a decisão da CGU representa um grande passo para a construção de um ambiente saudável e respeitoso para os empregados do maior banco público da América Latina”, declarou Sergio Takemoto, presidente da Fenae.
Além da carta-compromisso, a Fenae lançou em 2024 uma cartilha orientando os trabalhadores e as trabalhadoras sobre como identificar e denunciar casos de assédio e discriminação. A iniciativa busca não apenas preservar a memória dos episódios de abuso, mas também impedir que práticas semelhantes voltem a ocorrer.
“Como entidade que defende os trabalhadores da Caixa e os direitos humanos, apoiamos integralmente essa decisão. A punição rigorosa dos assediadores é essencial para prevenir novos casos”, reforça Takemoto.
> Acesse a carta-compromisso da Fenae e a cartilha de combate ao assédio, e saiba mais sobre como contribuir para um ambiente corporativo ético e seguro.
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