Os empregados da Caixa de São Paulo, desde a mudança da bandeira dos seus vales alimentação e refeição, têm um questionamento em mente: quem ganha com a manutenção do contrato com a Verocard? A única resposta para esta pergunta, até o momento, é o fato de que não são os trabalhadores do banco público.
Os empregados sofrem com a rede insuficiente de estabelecimentos credenciados e com o fato de a Verocard não ser aceita em nenhum dos grandes aplicativos de entrega. Nem mesmo a nova máquina de cartões da própria Caixa, lançada nesta semana, aceita o Verocard.
A insatisfação é geral e foi comprovada em uma grande consulta feita com os empregados, que obteve mais de 4 mil respostas. Se em outros estados a bandeira do VA e VR não é Verocard, se nem mesmo a nova máquina de cartões da Caixa aceita o Verocard, se o serviço é comprovadamente insatisfatório para o usuário, por qual razão a Caixa insiste na manutenção do contrato com e empresa? Quem ganha com isso?
Em consulta realizada pelas entidades representativas dos empregados, 72% dos trabalhadores relataram problemas para utilização do benefício e 97% afirmaram que não querem a renovação do contrato com a Verocard.
Desde que foi anunciada a mudança para a Verocard, o Sindicato e demais entidades representativas dos empregados questionam a Caixa sobre os problemas e cobram soluções. A justificativa do banco de que as reclamações feitas à Caixa diminuíram não procede, uma vez que essa queda se deve à falta de perspectiva de uma solução. Diante do fato de que quase a totalidade dos empregados consultados não desejam a renovação com a Verocard, e a insensibilidade da direção da Caixa quanto ao problema, as entidades enviarão novo ofício questionando as razões para uma eventual renovação do contrato com a empresa e cobrando um novo processo licitatório.
Verocard: um ano de reclamações
Desde a mudança para a Verocard, em julho de 2020, diante da apreensão dos empregados sobre a qualidade do serviço, o Sindicato cobra da Caixa explicações sobre a operação, além de orientar os trabalhadores a entrarem em contato com a empresa cobrando o credenciamento dos estabelecimentos onde costumam realizar suas compras e refeições.
Em reunião com a Gestão de Pessoas (Gipes), ainda em julho de 2020, dirigentes do Sindicato e Apcef/SP voltaram a questionar o banco sobre as reclamações dos empregados em relação à Verocard.
Sem solução para os problemas, o Sindicato novamente cobrou a Gipes, em reunião realizada em 11 de setembro, na qual os representantes do banco alegaram que estava em curso pela Verocard um esforço para credenciar novos estabelecimentos e que negociações entre a empresa e aplicativos de entrega teriam sido retomadas.
Ainda sem solução satisfatória, Sindicato e Apcef/SP cobraram a Geber (Gestão de Benefícios), em reunião realizada no dia 2 de outubro, sobre as reclamações dos empregados quanto à Verocard. As entidades também levaram ao conhecimento do banco a postura desrespeitosa por parte da Verocard em relação às cobranças por credenciamento de estabelecimentos, nas quais não são abertos protocolos para acompanhamento da solicitação pelo empregado, e respostas debochadas às reclamações.
Diante da falta de soluções após três meses, em reunião com a Superintendência Regional Institucional São Paulo, o Sindicato e a Apcef/SP cobraram a suspensão imediata do contrato com a Verocard.
A cobrança pelo fim do contrato com a Verocard voltou a ser incluída em pauta de reivindicação entregue Superintendência São Paulo Centro, em reunião realizada no dia 19 de outubro.
Em resposta às cobranças, a Caixa alegou que não cancelaria o convênio, uma vez que a Verocard estaria cumprindo todos os requisitos do edital, inclusive no número de credenciados, e que a rede estaria sendo ampliada, com ênfase em estabelecimentos próximos aos locais de trabalho. O banco se comprometeu com o Sindicato de que as reclamações sobre a Verocard poderiam ser feitas pelos empregados também para a própria Caixa.
Em nova reunião com a Gipes-SP, em maio deste ano, Sindicato e Apcef/SP relataram ao banco um processo de descredenciamento de estabelecimentos que haviam sido credenciados pela Verocard, por conta das altas taxas de administração cobradas pela bandeira. Novamente, as entidades cobraram o cancelamento do contrato.
Já no dia 15 de junho, dirigentes do Sindicato, Fetec-CUT/SP e da Feeb/SP-MS reuniram-se com representantes da Geber (Gestão de Benefícios) e da Gipes (Gestão de Pessoas) para cobrar, mais uma vez, uma solução com relação à Verocard. Na ocasião, as entidades apresentaram a consulta feita com 4.198 empregados, na qual 97% afirmaram que não querem a renovação do contrato com a Verocard.
Já se passou um ano de reclamações dos empregados e de cobranças das entidades representativas, mas a Caixa não vai vencer pelo cansaço. O movimento sindical lutará até o fim para que os empregados usufruam de forma plena do seu direito ao VA e VR, o que não está ocorrendo por conta do serviço insatisfatório da Verocard. Estamos no momento em que a Caixa pode, após um ano, decidir encerrar o contrato com a empresa ou renová-lo. Portanto, diante de tantas reclamações desde o início do contrato, as entidades exigem o encerramento do mesmo, com a realização de novo processo licitatório, no qual sejam garantidas em edital as reais necessidades dos empregados da Caixa em relação ao serviço.
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