O assédio moral é um problema que as entidades representativas dos empregados da Caixa denunciam e cobram medidas da direção da empresa para coibir esta prática bem antes da pandemia. Pesquisa sobre a saúde do bancário da Caixa, realizada pela Fenae em 2018, apontou que mais da metade dos trabalhadores do banco tinha sofrido assédio moral.
Segundo o levantamento, 53,6% dos bancários da Caixa já passaram por, pelo menos, um episódio de assédio moral, quando há exposição do trabalhador a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas.
Os dados também mostram que quase 20% dos trabalhadores ativos entrevistados revelaram ter depressão ou ansiedade. Entre os aposentados, este índice é de 4%. O número de bancários que buscam acompanhamento regular psicológico ou psiquiátrico é de 19,6%. E 47% dos empregados já tiveram conhecimento de algum episódio de suicídio entre colegas.
“A pandemia trouxe o agravamento do problema na Caixa. Os trabalhadores estão atuando sobre um grande estresse devido as jornadas exaustivas, trabalho em ambientes com alto de risco de exposição ao coronavírus e a cobrança por metas desumanas”, destaca o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto.
Na avaliação da diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus, é urgente que a Caixa reveja suas práticas de gestão e que perceba o quanto a própria produtividade é impactada negativamente pelo adoecimento dos empregados.
“O modelo de gestão da Caixa empurra os empregados para o adoecimento. Os trabalhadores precisam de um ambiente saudável sem sobrecarga, assédio moral e sem medo de perder o emprego”, reforça Fabiana.
Denúncias aumentaram 80%
Conforme a matéria divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, nesta segunda (22), o número de denúncias de assédio moral em órgãos públicos ligados ao governo federal no Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal (MPTDF) aumentou 80% em 2020. Foram 54 no ano passado, contra 30 em 2019.
Nos Correios, foram 20 ocorrências notificadas, sendo sete delas relacionadas à pandemia, enquanto em 2019, foram quatro acusações. Segundo o Ministério Público do Trabalho, a Caixa ficou em segundo lugar. Foram cinco denúncias contra o banco, sendo quatro delas relacionadas à crise do coronavírus. No banco público, dois registros se deram por pressão para o retorno ao trabalho presencial.
A procuradora do Trabalho, Ilena Neiva, disse à Folha de São Paulo que que houve um aumento em todo o Brasil de denúncias por assédio no setor público por causa da pandemia. “"Nós temos identificado aumento crescente das denúncias em relação ao home office e retorno dos grupos de risco, pressão das chefias para que essas pessoas retornem", enfatizou ela.
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