A 23ª Conferência Estadual dos Bancários, realizada pela FETEC-CUT/SP na manhã do último sábado (21), teve uma abertura emocionante ao homenagear as vítimas da Covid e dedicar o evento à Maria da Gloria Abdo, falecida em 2020, aos 81 anos.
A presidenta da Fetec-SP, Aline Molina, abriu a Conferência evidenciando o momento difícil que o país atravessa e a luta dos trabalhadores brasileiros para tentar garantir conquistas históricas. Esse é segundo ano em que o evento é realizado no formato virtual.
Aline destacou que a lei 1045, foi criada para retirar mais direitos trabalhistas e destruir o futuro da juventude.
‘’Os jovens serão contratados sem nenhum direito. É um projeto simbólico porque mostra de fato a meta desse governo e das empresas de ceifar direitos básicos e históricos. É um roubo dos nossos sonhos’’, disse. ‘’Além disso, vivemos um luto coletivo. Por isso, só nossa união pode mudar esse cenário. Vemos famílias inteiras morando nas ruas. Não há o mínimo de dignidade. Nosso desafio agora é transformar nosso luto em luta’’.
Gheorge Vitti, presidente do Seeb do ABC, falou em nome do sindicatos filiados à Federação, abordando o acerto do acordo de dois anos e a importância das mesas permanentes de negociação com os bancos para manter os protocolos de segurança durante a pandemia. "Graças aos acertos da categoria, de lutar pelas vidas dos bancários, ao mesmo tempo em que fazia a luta em defesa dos direitos, conseguimos renovar nossa Convenção Coletiva por dois anos, mantendo direitos e garantindo o aumento real neste ano, mesmo com uma inflação de dois dígitos."
Bancários de Araraquara estiveram representados pela diretoria do Sindicato.
A presidenta do Sindicato de São Paulo e uma das coordenadoras do Comando Nacional, Ivone Silva, destacou o impacto que o governo Bolsonaro tem causado na vida dos brasileiros em todas as esferas, mas principalmente pelo descaso durante toda a pandemia. ‘’Imaginamos que seria algo de curto prazo, mas com esse governo negacionista, estamos atravessando não só uma crise sanitária, mas uma das maiores crises econômicas do país. Portanto, nosso grande desafio, como movimento sindical nesse momento, é lutar pela saúde e segurança dos bancários’’.
Ivone lembrou que em 2022 haverá renovação da Convenção Coletiva da categoria, justamente num ano de eleição. ‘’Será um ano de suma importância porque precisamos eleger um presidente e um Congresso que não retire nossos direitos. Embora, nesse ano, por conta do acordo de dois anos, não tenhamos campanha por aumento salarial, temos vários desafios, a exemplo das mudanças tecnológicas, que têm gerado um impacto imensurável em toda a categoria’’.
Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT e também coordenadora do Comando Nacional, ressaltou o quanto as perdas pela Covid têm sido dolorosas para o país e o quanto é penoso sabermos que poderiam ter sido evitadas se não tivéssemos um presidente genocida, entreguista e sem nenhuma empatia com a população. ‘’Precisamos mudar esse país e temos força para isso. Só no ano passado os brasileiros perderam mais de R$ 18 bilhões em renda. Temos que fortalecer os sindicatos para representar todos os trabalhadores. Esse é o nosso grande desafio’’.
Glorinha: história de lutas e pioneirismo
A 23ª Conferência Estadual dos Bancários da FETEC-CUT/SP homenageou uma companheira de luta da categoria bancária que partiu no último ano: Maria da Glória Abdo, a querida Glorinha.
Bancária da Nossa Caixa, Glorinha militava desde a ditadura, atuando na organização dos trabalhadores do banco público. À frente do seu tempo, liderou a luta das funcionárias pelo direito à creche, que inspirou o auxílio creche/babá, conquista incluída na Convenção Coletiva da categoria em 1981.
Glorinha foi dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, diretora de aposentados da FETEC-CUT/SP, e presidenta da ABAESP, Associação dos Bancários Aposentados de São Paulo. Por seu trabalho na luta pela defesa e ampliação dos direitos dos idosos, recebeu o título de Cidadã Paulistana.
“Glorinha partiu, mas nunca nos deixará, porque suas lutas quebraram barreiras, inspiraram muitas de nós, e abriu debates para conquistas que hoje estão sedimentadas entre os direitos da categoria”, disse a presidenta da FETEC-CUT-SP, Aline Molina.
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