“A tecnologia não pode servir apenas para o aumento dos lucros e para a diminuição dos postos de trabalho. Também tem de ser boa para o trabalhador. Não vale somente uma parte da sociedade ganhar com a tecnologia […]. Não pode ser feita para a pessoa trabalhar 24 horas por dia. Os trabalhadores não podem ser escravos da tecnologia.”
A afirmação foi feita pela coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, durante o lançamento da Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia, Inovação e sua integração com o Mercado de Trabalho. O evento ocorreu nesta quinta-feira 1º, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
“O que nós vemos hoje é uma mudança radical no dia a dia do trabalhador [por causa da tecnologia], com a retirada de postos de trabalho e o aumento do lucro das empresas. O movimento sindical acha importantíssima a redução da jornada de trabalho […]. Hoje se discute, por exemplo, a jornada semanal de quatro dias, sem redução de salário, porque seria uma forma de o trabalhador se apropriar dessa tecnologia”, defendeu a dirigente.
Ivone Silva lembrou ainda que o regime de trabalho remoto é cada vez mais comum. E, por isto, são fundamentais políticas públicas que permitam a democratização da internet e dos aparelhos; por meio da criação de pólos para conexão gratuita nas moradias populares e em bairros afastados das regiões centrais das cidades; e de planos de internet mais acessíveis.
“Outro ponto que temos de destacar é que o trabalhador tem gênero e tem raça. E os melhores postos de trabalho da tecnologia e que pagam melhor são ocupados por homens brancos. As mulheres não estão sendo formadas para este setor de ponta. E na questão de raça, os negros e negras não conseguem chegar a estes postos de trabalho. O Estado tem de destinar investimento para a formação de negros e de negras”, afirmou Ivone.
A dirigente ressaltou que uma das reivindicações do movimento sindical frente aos bancos é a inclusão de negros e de negras na formação para a ocupação de postos de tecnologia.
Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia, Inovação
A Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia, Inovação e sua integração com o Mercado de Trabalho é uma iniciativa do deputado estadual e ex-presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Claudio Marcolino (PT).
A proposta tem como objetivo constituir uma frente ampla a fim de promover políticas públicas do setor de inovação e tecnologia no Estado, com a participação dos poderes Legislativo e Executivo; e de trabalhadores, empresários e de instituições de ensino e pesquisa.
Pretende ainda contribuir e definir novas diretrizes e ações de incentivo que favoreçam a inclusão, de maneira efetiva, dos cidadãos paulistas no processo de inovação no Estado de São Paulo.
Na cerimônia de lançamento da frente, o deputado elencou desafios como revitalizar e modernizar o parque industrial a fim de combater a desindustrialização; capacitar mão de obra e gerar empregos de qualidade; modernizar o agronegócio e incluir segmentos mais vulneráveis da sociedade.
Marcolino enfatizou a importância da pesquisa, do desenvolvimento e da inovação tecnológica para a competitividade da economia no Estado de São Paulo, e afirmou que entre 2002 e 2020 a participação da unidade federativa no PIB nacional caiu de 34,9% para 31,6%.
“Isto significa que São Paulo deixou de gerar R$ 230 bilhões a cada ano. O Estado vive nas últimas décadas a necessidade de dar resposta a grandes desafios”, afirmou Luiz Cláudio.
“É fundamental que o desenvolvimento desse setor tenha estratégias por meio de políticas públicas para proporcionar oportunidades de emprego para pessoas de baixa renda, para que os avanços tecnológicos também signifiquem avanços sociais e de qualidade de vida, com inclusão social e redução da pobreza”, afirmou Luiz Claudio Marcolino.
Banco Central eleva juros e reforça aperto econômico à população
“Campos Neto na gestão do Nubank é conflito de interesses”, alerta movimento sindical bancário
5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente é aberta em Brasília
COE Bradesco critica fechamento de unidades em reunião com o banco
“Banco Central precisa rever regulação se quiser evitar risco para o sistema”, alertam trabalhadores
Itaú muda regras e aumenta a taxa do crédito imobiliário para funcionários
Saúde Caixa: Carlos Vieira desrespeita empregados ao manter teto de 6,5%
Solidariedade que aquece: Sindicato dos Bancários inicia Campanha do Agasalho 2025
5ª CNMA começa hoje (6) com base em caderno de propostas construído pela sociedade civil
Institucional
Diretoria
História
Conteúdo
Acordos coletivos
Galeria
Notícias