
Dirigentes do Sindicato dos Bancários de Araraquara e região estiveram, na manhã desta quinta-feira (7) na agência do Itaú 0043, localizada na Rua São Bento, em mais um ato contra a perversa política de demissões e de cobrança de metas abusivas mantida pelo banco, que tem levado os trabalhadores ao adoecimento.
Todo final de ano o banco realiza uma campanha de publicidade para exaltar sua marca ou para trazer esperança e otimismo. Ontem, foi lançada uma propaganda sobre a mudança da marca, que tenta mostrar modernidade e a constante inovação. Mas, para os funcionários, a realidade é de medo, assédio e da velha exploração dos trabalhadores.
Dados do último balanço do Itaú, divulgado no início de novembro, mostram que entre setembro de 2022 e setembro de 2023, o banco fechou 1.082 postos de trabalho e 180 agências físicas, reduzindo sua rede de atendimento.
“Os funcionários estão exaustos e diariamente sofrem com o medo de serem demitidos. O Itaú bateu recorde de lucro nos nove primeiros meses deste ano, alcançando o valor de R$ 26,1 bilhões. Esse resultado vem da pressão por metas abusivas, do assédio moral e sobrecarga de trabalho, uma combinação que resulta em lucros estratosféricos para o banco e no adoecimento psíquico dos bancários”, denunciou a diretora do Sindicato, Andréia Cristina de Campos.
Durante o ato, os dirigentes dialogaram com os clientes e a população, que também sofre com o atendimento precarizado, e entregaram material informativo aos trabalhadores, convidando-os a participarem da pesquisa lançada em parceria com a Contraf-CUT para identificar os principais problemas enfrentados pela categoria no ambiente de trabalho.
“Além das demissões em massa, o fechamento de agências é outra perversidade do Itaú. Muitos clientes ainda necessitam de agências físicas para realizar pagamentos de contas e receber salários. O Itaú é uma concessão pública e, como tal, tem um papel social a cumprir. O mínimo que ele deve garantir é o acesso da população aos serviços bancários. No entanto, é justamente o contrário que tem feito”, reforçou o presidente do Sindicato, Paulo Roberto Redondo.
“Viemos às ruas e vamos continuar com nossas ações para pressionar o banco a cessar as demissões e a garantir atendimento de qualidade e condições dignas de trabalho aos seus funcionários”, acrescentou a diretora Andréia Campos.
Não se cale!
A Confederação Nacional do Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), juntamente com as federações e o Sindicato, quer saber quais são os problemas enfrentados pelos funcionários do Itaú no ambiente de trabalho.
Para isso, estão realizando uma consulta aos funcionários do Itaú, com uma única pergunta de múltiplas escolhas, para que eles digam: “O que pode ser feito para melhorar seu ambiente de trabalho?” Para responder, basta acessar o questionário aqui.
“Se o Itaú não quer saber a opinião dos funcionários, a gente quer! Queremos mostrar ao banco que o multiverso criado nas campanhas publicitárias é muito diferente da realidade dentro do banco”, disse o coordenador da COE/Itaú, Jair Alves. “Mas nossa intenção não é destruir o multiverso criado pelo banco. O que queremos é que o mundo maravilhoso das campanhas publicitárias se torne realidade! Queremos a manutenção do emprego e um ambiente saudável para trabalhar!”, concluiu.

VIII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra aprova agenda de ações concretas de enfrentando ao racismo estrutural no sistema financeiro

Fenae reforça diálogo com o governo sobre incorporação do reb ao novo plano

SuperCaixa, superdifícil: resultados consolidados até outubro projetam apenas 40% das agências e PAs habilitados

Concentração de inovações tecnológicas nas “big techs” é ameaça à democracia

Presidente Lula cobra e Caixa suspende lançamento de bet

VIII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro destaca combate ao racismo e defesa da igualdade de oportunidades

Sindicato convoca empregados da Caixa para assembleia específica sobre o Saúde Caixa

Senado propõe regras para impedir fechamento indiscriminado de agências bancárias

Lucro do Itaú chega a R$ 34 bilhões enquanto milhares são demitidos
Institucional
Diretoria
História
Conteúdo
Acordos coletivos
Galeria
Notícias