O Sindicato dos Bancários de Araraquara, participou, na quinta-feira (28), de um encontro virtual organizado pela Fetec-CUT/SP para apresentação do projeto Basta! Não irão nos calar!, criado para capacitar os sindicatos a terem seu próprio canal de denúncia e acolher vítimas de violência doméstica e familiar.
Idealizado pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osaco e região, em 2019, e lançado nacionalmente em agosto pela Contraf-CUT, desde sua criação o projeto já atendeu mais de 200 vítimas e suas famílias.
A presidenta da Fetec-CUT/SP, Aline Molina, disse que a ampla participação dos sindicatos no evento, demonstra o interesse pelo tema. ''Espero que nossos sindicatos se apoderem desse tema para que, de alguma forma, possamos acolher tantas mulheres e famílias que diariamente sofrem a humilhação e o trauma da violência doméstica''.
Maria de Lourdes Alves da Silva, dirigente na Fetec-CUT/SP, lembra que os sindicatos são ferramentas de suma importância no combate à violência contra a mulher. ''Nosso objetivo é discutir a implementação do projeto em cada sindicato de nossa base'', afirma.
Impacto econômico
''Esse é um projeto que nos traz muito orgulho'', diz Elaine Cutis, secretária da Mulher na Contraf-CUT. Ela lembra que a categoria é a única a ter mesa permanente sobre Igualdade de Oportunidades, criada no ano 2000, e destaca que uma mulher vítima de violência chega a se ausentar, por ano, cerca de 18 dias no local de trabalho. ''Além de toda a violência e trauma sofridos, esse ciclo também causa um grande impacto na economia das cidades e do país''.
Elaine informa que o projeto oferece assessoria jurídica para as vítimas e que há a possibilidade de ser aberto não só para bancárias, mas também para mulheres de toda a sociedade. ''O projeto vai além da assessoria jurídica, porque encaminha a vítima para os serviços públicos com atendimento multidiscilplinar, com assistentes sociais e psicólogos''.
Violência explodiu na pandemia
Advogada feminista, Phamela Godoy, que assessora tecnicamente o projeto, informa que, de acordo com o Fórum de Segurança Pública, uma em cada quatro mulheres sofreu violência durante a pandemia.
A advogada citou exemplos de ações que já foram tomadas desde a criação do 'Basta!'. ''Dependendo do caso, solicitamos medida protetiva urgente, com base na Lei Maria da Penha e a retirada do agressor de dentro do lar, para preservar a vida da mulher e da família''.
''Vamos elaborar os protocolos com cada entidade, a exemplo da formação da equipe, para criar expertise na área do Direito da Família e da Violência contra a mulher. Além de uma formação para o conjunto dos dirigentes e funcionários dos sindicatos, no intuito de que todos tenham compreensão do tema para fazer o canal funcionar'', explica Phamela.
A advogada ressalta que o projeto não tem o intuito de substituir o papel do Estado. ''Nosso objetivo é garantir que as mulheres, da categoria ou não, tenham assessoria jurídica nesse processo, ajudando as federações e sindicatos a criarem seus próprios canais de atendimento para as vítimas''.
Também será realizado um mapeamento na base do Sindicato para levantar quais serviços públicos compõem a rede de proteção contra a violência.
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