Levantamento do IBGE divulgado nesta quinta-feira (20) mostra que os salários das mulheres foram inferiores ao dos homens em empresas de 82% das áreas de atuação em todo o país em 2022. O instituto analisou dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre), que reúne empresas de 357 áreas de atuação, exceto aquelas enquadradas como Microempreendedor Individual (MEI). A média salarial era igual ou maior no caso das mulheres apenas em 63 delas (18%).
Segundo o IBGE, os homens representavam 54,7% do total dos assalariados nessas empresas, com média salarial de R$ 3.791,58. Já as mulheres (45,3%) tinham média de R$ 3.241,18.
A participação masculina era maioria na construção (87,6%), indústrias extrativas (84,2%) e transporte, armazenagem e correios (81,7%). Já a das mulheres era maioria nas ocupações de saúde humana e serviços sociais (74,8%), educação (67,3%) e alojamento e alimentação (57,2%).
Diferenças entre os salários
A maior diferença salarial foi registrada no grupo de atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados. Os homens ganharam, em média, R$ 10.469,21. E as mulheres, R$ 6.205,02. Um salário 68,7% menor que o deles.
O levantamento constatou também que o setor que remunerou melhor as mulheres, com a maior diferença, foi o de organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais. Nessa área, receberam em média R$ 9.018,70, correspondente a 47,7% acima que o deles, que ganharam R$ 4.717,09.
Elas obtiveram salários médios maiores também na construção civil, ganhando R$ 3.381,12. Enquanto eles, R$ 2.776,09 (17,9% menor). E nas indústrias extrativas: R$ 6.791,76. Correspondente a 6,8% a mais que salário médio de R$ 6.328,57 pago a eles.
Igualdade salarial entre homens e mulheres é uma das principais bandeiras de luta da Campanha Nacional dos Bancários 2024
"Um dos nossos motes principais na Campanha deste ano é a igualdade salarial. Os bancos têm a oportunidade de fazer a diferença no mercado de trabalho, se cumprirem as demandas, construídas pelos trabalhadores, e que estão em linha com a sociedade que todos nós queremos", explica a secretária geral do Sindicato dos Bancários de Araraquara, Andréia C. de Campos.
“É fundamental que todas as bancárias e bancários permaneçam alertas para não haver retrocessos em conquistas. Não faz muito tempo, em 2018, os bancos tentaram tirar o direito à PLR das mulheres que usaram a licença-maternidade e nós conseguimos impedir. Esse exemplo mostra que a defesa dos direitos já conquistados e a ampliação deles é um desafio que permanece”, ressalta a diretora.
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