
Em abril de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.754,33, ou 5,57 vezes o mínimo de R$ 1.212,00, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) que calcula o valor com base na cesta básica mais cara do país, que no mês passado foi encontrada em São Paulo (R$ 803,99). O trabalhador paulistano, que ganha o salário mínimo compromete mais de 71% dos seus ganhos para comprar o básico para o sustento de sua família.
O valor do mínimo ideal em abril deste ano é R$ 1.423,65 maior se comparado ao mesmo mês do ano passado, quando chegou a R$ 5.330,69, ou 4,85 vezes o mínimo vigente na época, de R$ 1.100,00. Ou seja, nos últimos 12 meses, o reajuste do valor ideal do SM é maior do que o mínimo atual.
O Dieese também leva em consideração para o cálculo do salário mínimo ideal a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
De acordo com a pesquisa da cesta básica do Dieese, a média nacional ficou em 61% do salário mínimo, após os descontos de 7,5% da Previdência Social. Em março, o percentual foi de 58,57%. Em abril de 2021, quando o salário mínimo era de R$ 1.100,00, o percentual ficou em 54,36%.
O óleo de soja, o pão francês, a farinha de trigo, o leite integral, a manteiga, a batata e a farinha de mandioca foram os itens que tiveram aumentos nas 17 capitais do país, pesquisadas pelo Dieese.
Os maiores aumentos desses produtos foram registrados em Brasília, com o óleo de soja chegando a subir 11,34%. O pão francês subiu mais 11,37% em Campo Grande e a batata ficou 39,10% mais cara na cidade. A farinha de trigo subiu 11,08% em Belo Horizonte. O leite integral subiu 15,57% em Florianópolis. A manteiga ficou 6,92% mais cara em Curitiba.
O preço médio do arroz agulhinha aumentou em 16 capitais. As altas oscilaram entre 0,17%, em João Pessoa, e 10,24%, em Curitiba. O quilo do café em pó subiu mais em Aracaju (7,58%).
O preço do feijão aumentou em 15 capitais. O tipo carioquinha teve alta em todas as capitais onde é pesquisado: no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo. Em Belém foi registrada a maior alta com 11,89%.
O valor do feijão preto, pesquisado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, diminuiu e subiu em Porto Alegre 2,51%.
O valor médio da farinha de mandioca, pesquisada no Norte e no Nordeste, subiu em quase todas as cidades. As maiores variações foram registradas em Natal (7,76%) e Fortaleza (3,73%).
Valor da cesta em outros estados
A segunda cesta básica mais cara é em Florianópolis (R$ 788,00), seguida de Porto Alegre (R$ 780,86) e Rio de Janeiro (R$ 768,42). Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente das demais capitais, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 551,47) e João Pessoa (R$ 573,70).
Entre março e abril deste ano, as altas mais expressivas ocorreram em Campo Grande (6,42%), Porto Alegre (6,34%), Florianópolis (5,71%), São Paulo (5,62%), Curitiba (5,37%), Brasília (5,24%) e Aracaju (5,04%). A menor variação foi observada em João Pessoa (1,03%).
Nos últimos 12 meses, entre abril de 2022 e abril de 2021, todas as capitais tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 17,07%, em João Pessoa, e 29,93%, em Campo Grande.

Horas trabalhadas para pagar a cesta básica
Em abril, o trabalhador de São Paulo, remunerado pelo salário mínimo precisou trabalhar 145 horas e 56 minutos para adquirir a cesta básica. Em março de 2022, o tempo de trabalho necessário foi de 138 horas e 10 minutos, e, em abril de 2021, de 126 horas e 31minutos.
Confira aqui a íntegra da pesquisa do Dieese

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