Funcionários de bancos públicos relatam alívio com o resultado da eleição presidencial, por significar o fim do plano de privatização, promovido pelo atual ministro da Economia Paulo Guedes com o aval do governo Bolsonaro, que já entregou ao mercado Eletrobrás e BR Distribuidora, e prometia colocar “na fila” outras empresas públicas, incluindo Petrobras e Banco do Brasil (BB).
“Ao longo do mandato de Bolsonaro, foram inúmeras as declarações de ataque contra as empresas públicas. Por isso, o resultado da eleição teve uma importância especial aos trabalhadores do BB. Há alívio tanto pela perspectiva da manutenção de nossos empregos, quanto pela importância para a população de diversas localidades em que a agência do Banco do Brasil é a única estrutura bancária disponível, e é um instrumento de aceleração da economia local”, destacou a Representante dos Funcionários (Caref) no Conselho de Administração do BB, Débora Fonseca.
“Nossa expectativa é que, afastada a trajetória de desmonte em andamento com a venda de subsidiárias, caso da Caixa, e redução significativa de funcionários e agências, caso do BB, entraremos numa fase de fortalecimento das empresas públicas, retomando a missão dessas instituições como instrumento para o desenvolvimento econômico e redução da pobreza”, avaliou ainda o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), João Fukunaga.
Em entrevista ao canal TVT, Maria Rita Serrano, representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Caixa, explicou que os bancos públicos atuam, basicamente, em duas pontas, nas mãos do Estado. “Primeiro, contribuem para o desenvolvimento do país. Quero dizer, sendo um braço do governo, fornecendo as ferramentas ao desenvolvimento do país, com investimentos de médio e longo prazo para infraestrutura, habitação, agricultura, agronegócio. E, segundo, os bancos públicos podem gerar programas sociais, no sentido de melhoria da qualidade de vida da população, por exemplo, com a oferta de microcrédito para nichos da sociedade que os bancos privados não atendem”, pontuou.
Rita destacou ainda que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da silva, disse, por diversas vezes, “que os bancos públicos e as empresas públicas” voltarão a cumprir a função, “como foi em seus governos anteriores, de fazer investimentos no país e com isso, lógico, contribuir na geração de emprego e para tirar a população da miséria”.
Desafio da reconstrução
Em entrevista recente à rádio CBN, o ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, próximo à equipe de transição do governo Lula, declarou que a gestão Bolsonaro deixará um rombo de R$ 400 bilhões aos cofres públicos, fruto de uma política sistemática “violação ao teto de gastos”. O valor, segundo Meirelles, é estimado por entidades independentes que apontam para um número muito superior aos “R$ 150 bilhões que o governo está falando” de dívidas que serão herdadas pelo próximo governante.
Diante desse cenário, Fukunaga afirmou que a gestão Lula precisará lançar mão de muitas ferramentas para colocar o país de volta aos trilhos. “E os bancos públicos terão papel fundamental neste processo”, concluiu.
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