Presidente da Petrobras pede demissão
Mais um! O terceiro presidente da Petrobras nos três anos e meio do governo de Jair Bolsonaro (PL), José Mauro Ferreira Coelho, anunciou nesta segunda-feira (20) que renunciou ao cargo
Data: 20/06/2022 às 14:33
Fonte: Reconta Aí

A aprovação do Projeto de Lei que muda as regras de incidência do ICMS - um imposto estadual - sobre os preços dos combustíveis foi vista como uma vitória do governo federal. Dias depois, entretanto, a empresa anunciou um novo aumento da gasolina e do diesel. A partir deste momento, a pressão sobre o atual presidente da estatal, José Mauro Coelho, só aumentou ao ponto de ele pedir demissão na manhã desta segunda-feira (20).

Uma reunião extraordinária da diretoria da Petrobras havia sido convocada por Mauro Coelho e ocorre na manhã desta segunda-feira.

O novo aumento em derivados do petróleo foi aprovado por integrantes do Conselho de Administração da estatal, que foram indicados pelo Planalto, assim como o próprio Mauro Coelho. Ainda assim, Jair Bolsonaro (PL) falou que a elevação poderia levar o país ao "caos". Além disso, aliados do presidente da República no Congresso passaram a falar em "CPI da Petrobras".

Para que fosse destituído, uma assembleia de acionistas teria de ser convocada, o que exigiria até 60 dias por causa de procedimentos formais que envolvem um procedimento deste tipo. Em uma live de 24 de maio, Bolsonaro chegou a anunciar o secretário de Desburocratização do Ministério da Economia, Caio Mário Paes de Andrade, como substituto de Mauro Coelho. A opção do Planalto, em uma tentativa de não se responsabilizar por uma questão de alto impacto eleitoral, passou a ser a fritura pública, como em outras ocasiões.

Mauro Coelho decidiu pedir demissão diante do cenário que tenta encontrar um bode expiatório para a inflação, mesmo sabendo que a política de preços da Petrobras é uma orientação de governo, exigindo a paridade com os preços praticados por importadores.

CPI

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados e um dos pilares de sustentação de Bolsonaro no Congresso reagiu prontamente ao aumento. Falando em ir "pro pau" e aventando a ideia de CPI.

Apesar da ideia ter servido como arma contra Mauro Coelho - e ter feito despencar as ações da estatal na Bolsa de Valores - a chance da movimentação prosperar é baixo. Isso porque, passados os momentos inciais de reação, aliados de Bolsonaro avaliam que uma CPI poderia ser inócua e, no limite, negativa para o governo. Justamente pelo fato de que o governo federal controla as indicações ao Conselho da Petrobras.

Caso uma CPI seja instalada, na avaliação destes aliados, ela poderia se estender até o momento eleitoral, servindo de palanque para a oposição responsabilizar o governo federal pelas opções tomadas em relação à política de preços da Petrobras.

 

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