O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu na terça-feira (31) o barateamento do crédito como forma de estimular o crescimento econômico. Após reunião na Federação Brasileira de Bancos (Febraban) o ministro afirmou que a “questão do crédito entrou na ordem do dia”. Nesse sentido, ele comunicou que o governo deve lançar no mês que vem o programa Desenrola, para refinanciar as dívidas das famílias negativadas.
Além de Haddad e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, participaram do encontro as ministras Simone Tebet, do Planejamento; Esther Dweck, da Gestão e Inovação Pública; e Carlos Fávaro, da Agricultura. A reunião foi fechada, mas os ministros falaram com a imprensa ao deixar o local.
“Estamos com uma taxa de juros de 13,75%, com uma preocupação com uma eventual retração do crédito no Brasil”, ressaltou Haddad. Sobre o crédito barato, o ministro disse que conversou com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre “uma agenda rápida” para o país. São medidas que incluem a diminuição do spread bancário, sistemas de garantia e melhoria do ambiente de concorrência no setor financeiro.
Já sobre o Desenrola, Haddad disse que deve apresentar proposta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana que vem. E prevê o lançamento do programa ainda em fevereiro. O Desenrola deve contemplar até 40 milhões de brasileiros com renda até dois salários mínimos (R$ 2.604) que estão endividados.
Reforma tributária
Haddad disse que o encontro na Febraban, assim como ocorreu na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), serviu para discutir uma agenda para o setor produtivo. Dentre as prioridades, conforme o ministro, está a reforma tributária.
“A reforma tributária já podia ter sido votada e não foi. E pode ser votada porque o Congresso está maduro. Os deputados e senadores estão tomando posse agora, mas há nas duas Casas um ambiente muito favorável e isso tem impacto muito forte no crescimento econômico para melhorar a vida das empresas, melhorar a vida das indústrias, para dar mais transparência ao sistema tributário, para permitir que a gente avance no segundo semestre e discuta a regressividade do sistema tributário que penaliza as famílias mais pobres”.
Além disso, ele também falou sobre o novo arcabouço fiscal. Trata-se de uma nova regra que vem para substituir o malfadado teto de gastos, que serviu apenas para asfixiar os gastos sociais. Aprovado durante o governo Temer, o teto foi desmoralizado durante o governo Bolsonaro, que descumpriu as regras fiscais em vigor.
“Vamos mandar uma nova regra fiscal para o Congresso. Isso já está contratado. Estamos dando tempo para a equipe econômica formular uma proposta. Isso vai dar segurança e previsibilidade para os agentes econômicos”, acrescentou ele.
Eleição no Senado
Aos jornalistas, a ministra Simone Tebet disse que vai participar de um almoço hoje em Brasília para “checar os votos” à presidência do Senado Federal. Ela reafirmou o apoio do governo à reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
“A estabilidade econômica passa pela estabilidade institucional. Portanto, entendemos no Pacheco a figura de um presidente capaz de harmonia com os demais poderes. Sem isso não dá para falar em taxa de juros, de garantir uma inflação mais baixa, em crescimento econômico, geração de emprego e renda e qualidade dos serviços públicos. Democracia é o grande guarda-chuva”, disse ela.
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