
Dirigentes da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), representando o movimento sindical bancário, receberam, na tarde de segunda-feira (27), uma comitiva da Federação de Sindicatos de Toda a China (ACFTU), da região de Xangai. A ACFTU é o maior sindicato de trabalhadores do mundo. O encontro aconteceu na sede da entidade brasileira, na capital paulista, e teve como objetivo estreitar e reforçar laços de cooperação internacional e o intercâmbio acadêmico entre Brasil e China.
A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, realizou uma apresentação sobre as características do sistema bancário no país e do movimento sindical bancário, ressaltando que a luta que permitiu com que a classe trabalhadora no setor conquistasse uma única convenção coletiva para todo o país começou em meados da década de 1980.
Juvandia também trouxe dados atuais sobre o papel dos bancos públicos para o desenvolvimento do país e a luta do governo Lula para baixar o spread bancário, após ressaltar que o sistema financeiro brasileiro está entre os que cobram as maiores taxas de juros do mundo.
A dirigente também fez uma breve explicação sobre o PIX, sistema de pagamentos instantâneo totalmente público e desenvolvido pelo Banco Central do Brasil.
Ao longo de toda a apresentação de Juvandia, que foi acompanhada pela secretária de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Rita Berlofa, e pelo secretário-geral da entidade brasileira, Gustavo Tabatinga, a comitiva chinesa tirou dúvidas e abordou experiências do país asiático.
“Semelhante ao PIX, nós temos o WeChat Pay, por onde os usuários fazem transações, que é muito popular na China, utilizado a partir do aplicativo WeChat”, explicou Jijun Hou, secretário adjunto do grupo de liderança do partido e vice-presidente do Conselho Sindical Municipal de Xangai (SMTUC).
O WeChat é um aplicativo de mídia social chinesa, portanto não está atrelado a uma empresa estrangeira.
IA: um desafio para os dois países
O impacto da Inteligência Artificial (IA) sobre o futuro dos empregos foi destacado pelos representantes de ambos os países como um desafio comum.
Todos concordaram que a revolução tecnológica está ocorrendo de maneira rápida e necessita de amplo debate para que as mudanças aconteçam em benefício da população. Na China, por exemplo, já existem caminhões automatizados, dirigidos 100% por Inteligência Artificial, entretanto, não podem prosseguir o caminho sem um trabalhador dentro dos veículos. “Então, não chamamos mais de ‘motoristas’ de caminhões e sim de ‘seguranças’ de caminhões”, destacou Jijun Hou.
Juvandia Moreira, por sua vez, destacou que, aqui no Brasil, uma das saídas debatidas para a manutenção dos empregos, com a chegada da IA, é a redução da jornada de trabalho.
Os representantes do movimento sindical brasileiro também aproveitaram para parabenizar tanto a ACFTU nacional quanto a ACFTU de Xangai pelos 100 anos, comemorados em 2025.
Além de Jijun Hou, fizeram parte da comitiva chinesa o diretor de gabinete do Comitê de Auditoria da entidade, Chuandong Qian; a secretária do partido e diretora adjunto do Palácio Cultural dos Trabalhadores de Xangai, Guihua Zhang; a vice-presidenta do Comitê Permanente do Congresso Popular do Distrito de Changning e presidenta do Conselho Sindical do distrito de Changing, Min Pan; o vice-presidente do Comitê Permanente do Congresso Popular do distrito de Changning e presidente do Conselho Sindical do distrito de Changning; Luqun Yin; e o administrador de relações exteriores da entidade, Huaming Zeng.
Changing é um dos distritos administrativos que compõem o centro da cidade de Xangai.

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