Movimento sindical bancário leva à Alesp debate sobre saúde mental da categoria
Evento é mais uma oportunidade de revelar o escândalo do adoecimento mental entre os bancários
Data: 29/07/2025 às 15:12
Fonte: Fetec-CUT/SP, com edição de Seeb Araraquara

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) sedia nesta quinta-feira (31) uma audiência pública para discutir a crescente crise de saúde mental na categoria bancária.

A atividade é mais uma iniciativa da  FETEC-CUT/SP,  Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Estado de São Paulo e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, com organização do mandato do deputado Luiz Cláudio Marcolino.

O Sindicato dos Bancários de Araraquara e região marcará presença, fortalecendo a luta por um ambiente laboral  saudável, com a participação do presidente da entidade, Paulo Roberto Redondo, e do diretor Marcelo Fabiano Siqueira.

Para Aline Molina, presidenta da Fetec-CUT/SP, o evento é mais uma oportunidade de revelar o escândalo do adoecimento mental entre os bancários.

“São trabalhadoras e trabalhadores com famílias, sonhos, que ajudam a sustentar os lucros dos bancos, mas estão sendo adoecidos por um modelo de gestão baseado em metas abusivas, terceirização e o fantasma constante da demissão”, afirma.

As entidades cobram, por intermédio do mandato do deputado Marcolino, a implementação de medidas que garantam saúde física e mental, além de dignidade a quem trabalha no setor financeiro.

Rosângela Lorenzetti, secretária de Saúde da Fetec-CUT/SP e diretora do Sindicato dos Bancários de Araraquara e região, reforça a gravidade da situação: “Em 2024, os transtornos mentais foram a principal causa de afastamento entre bancários. A rotina marcada por pressão constante, competitividade, sobrecarga e medo do desemprego tem levado a um aumento alarmante de doenças ocupacionais, especialmente de saúde mental.”

Ela informa que apesar dos dados oficiais e estudos que comprovam essa realidade, os bancos continuam negando a relação entre a organização do trabalho e o adoecimento dos funcionários, se recusando a adotar medidas de prevenção ou eliminar as causas do problema.

Aline Molina lembra ainda que o sistema financeiro esteve na linha de frente da Reforma Trabalhista, resultando na retirada de direitos e no enfraquecimento da organização sindical:

“Os bancários ainda resistem, mas outras categorias já assistem ao desaparecimento de direitos históricos. Estamos lutando para existir. Querem destruir nossa categoria e precarizar todo o sistema financeiro. A luta será longa, mas estamos prontos para enfrentá-la.”

Participam da mesa da audiência, Mauro Salles, Secretário de Saúde e Condições de Trabalho da Contraf-CUT; Aline Molina, Presidenta da Fetec-CUT/SP; Neiva Ribeiro, Presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região; Patrick Maia Merísio, Procurador do Ministério Público do Trabalho de SP; Maria Leonor Poço Jakobsen, Advogada especialista em Direitos Humanos; Maria Maeno, Médica e Pesquisadora da Fundacentro e Alexandre Padilha, Ministro da Saúde (ainda não confirmado).

 

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