
O Banco Santander registrou lucro líquido gerencial de R$ 11,529 bilhões nos nove primeiros meses de 2025, crescimento de 15,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Na comparação com o trimestre anterior, o resultado também apresentou alta: o lucro líquido passou de R$ 3,659 bilhões no 2º trimestre para R$ 4,009 bilhões no 3º trimestre, alta de 9,6%. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) anualizado atingiu 17,5%, aumento de 0,5 ponto percentual em doze meses.
 
 Segundo o banco, o desempenho positivo decorre do crescimento das receitas totais. No acumulado do ano, as comissões subiram 4,1%, com destaque para cartões e seguros. No trimestre, o avanço foi de 6,7%, impulsionado pelas receitas de cartões, seguros, mercado de capitais e operações de crédito.
 
 No cenário global, o Santander alcançou € 10,337 bilhões de lucro no período, alta de 11% em doze meses. Já são seis trimestres consecutivos de lucro recorde, segundo a matriz espanhola. O Brasil foi responsável pelo segundo maior resultado do grupo, com € 1,589 bilhão, atrás apenas da Espanha (€ 3,233 bilhões), o que representa 15,4% do lucro global.
Lucro versus condições de trabalho
Apesar do desempenho financeiro expressivo, o banco manteve o processo de redução de postos de trabalho e fechamento de unidades. A holding encerrou o 3º trimestre de 2025 com 51.747 empregados, o que representa a eliminação de 3.288 vagas em doze meses, sendo 2.171 apenas no 3º trimestre. No mesmo período, o Santander fechou 585 pontos de atendimento, entre lojas e PABs, 157 entre julho e setembro.
 
 Enquanto isso, a base de clientes cresceu em 4 milhões, totalizando 72,8 milhões de correntistas.
 
 Para a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Wanessa Queiroz, o resultado financeiro do banco evidencia o contraste entre o lucro crescente e a piora nas condições de trabalho e atendimento.
“É lamentável a postura praticada pela direção do banco Santander no Brasil. Trata-se de um desrespeito aos trabalhadores que geram o lucro do banco e também aos seus clientes, que pagam por isso com a piora na qualidade dos serviços e o aumento das tarifas bancárias. O banco deveria ter uma responsabilidade econômica e social no nosso desenvolvimento, tratando todos com respeito e oferecendo melhores condições de trabalho”, afirmou Wanessa.
Carteira
A Carteira de Crédito Ampliada totalizou cerca de R$ 688,8 bilhões ao fim de setembro de 2025, com alta de 3,8% em doze meses e de 2% no trimestre. A carteira de pessoa física apresentou leve retração de 0,7% no período, influenciada pela queda no crédito consignado (-13,5%), parcialmente compensada pelos aumentos no cartão de crédito (+14,5%) e no crédito imobiliário (+8,9%). Já a carteira de pessoa jurídica cresceu 5,9%, com destaque para pequenas e médias empresas (+12,4%). O crédito ao consumo, majoritariamente voltado ao financiamento de veículos, avançou 12,6%.
 
 A inadimplência acima de 90 dias chegou a 3,4% ao fim do 3º trimestre, alta de 0,2 ponto percentual em um ano. As despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) aumentaram 18,1%, somando R$ 19,8 bilhões.
 
 As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias totalizaram R$ 16,9 bilhões, alta de 1,4% em relação a setembro de 2024. Já as despesas de pessoal, incluindo PLR, cresceram 3%, atingindo R$ 9,3 bilhões. Com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias foi de 181,3%.
“O Santander continua ampliando lucros e reduzindo o número de trabalhadores e unidades, o que impacta diretamente as cidades do interior, onde o fechamento de agências significa perda de empregos e exclusão bancária. É inadmissível que um banco com resultados tão expressivos desrespeite seus funcionários e a população. O Sindicato tem acompanhado de perto essas situações e seguirá denunciando o descaso, exigindo que o banco adote uma postura de responsabilidade e invista em atendimento de qualidade, valorização dos bancários e manutenção dos postos de trabalho”, reforçou o diretor do Sindicato dos Bancários de Araraquara e região, Paulo Vicente Fernandes.
Leia a análise completa do Dieese sobre o balanço do Santander.

Marcha contra a Reforma Administrativa une em Brasília servidores de todo o país

Greve das 6 horas completa 40 anos: direito a ter direitos!

CUT repudia Operação Contenção que deixou dezenas de mortos no RJ

Movimento sindical cobra e Banco do Brasil volta com substituições temporárias

Últimos dias para adesão ao acordo entre Cassi e Contraf-CUT

Veja quanto você pode economizar com a isenção de IR se o Senado aprovar a nova Lei do IR

Banco do Brasil convoca reunião com representantes dos funcionários

Bancários estão entre as categorias com mais afastamentos por adoecimento mental, mostra levantamento do INSS

Sindicato participa de formação sobre Inteligência Artificial e inovação sindical
 
           Institucional
Diretoria
História
Conteúdo
Acordos coletivos
Galeria
Notícias