O movimento sindical bancário tem recebido diversas denúncias de bancários das agências físicas e digitais relatando que têm enfrentado sérias dificuldades para realizar negócios e cumprir metas, especialmente nas operações de crédito, em razão de entraves operacionais e regulatórios.
A comercialização de produtos de crédito faz parte de um item da meta chamado Equilíbrio de Contas, que inclui o crediário (empréstimo pessoal) e os consignados para beneficiários do INSS e para funcionários que recebem salário pelo banco Itaú.
No caso do crediário, a alta taxa básica de juros (Selic), atualmente em 14,75% ao ano, tem desestimulado a demanda, tornando as negociações mais difíceis e encarecendo o crédito para os clientes.
Já no empréstimo consignado para beneficiários do INSS, o cenário é ainda mais complexo: a modalidade está suspensa após o Instituto Nacional do Seguro Social identificar irregularidades e fraudes nos descontos e operações. Com isso, os bancários conseguem apenas realizar simulações, mas não podem finalizar as propostas, o que impede que essas operações sejam computadas para o atingimento das metas.
No consignado para funcionários que recebem pelo Itaú, oferecido via carteira digital, os bancários relatam que não têm qualquer acesso ao andamento ou retorno das propostas. Segundo relatos, a devolutiva do Itaú é significativamente mais lenta do que a de outros bancos, o que compromete as negociações. Muitos clientes acabam fechando contrato com instituições que oferecem uma resposta mais ágil.
Diante desse cenário, a orientação oficial do banco foi para que os bancários continuem ofertando os produtos “no escuro”, ou seja, sem garantias e sem retorno imediato. A promessa é de que, quando o sistema for desbloqueado, toda a produção represada será considerada para o cálculo das metas.
Porém, a situação se agravou nesta semana, com o envio de um comunicado interno informando que as operações poderão ser desbloqueadas apenas mediante biometria cadastrada na plataforma Meu INSS. Isso transfere toda a responsabilidade para o cliente, que precisa ter a biometria atualizada e realizar o procedimento para liberar o crédito, o que tende a dificultar ainda mais o fechamento das operações.
Na avaliação de muitos bancários, o cenário, que já era complicado, ficou ainda pior. A dependência de fatores externos e de ações do cliente coloca em risco o cumprimento das metas estabelecidas.
A representação dos trabalhadores defende que, enquanto persistirem essas restrições, é fundamental que o banco garanta a pontuação integral das operações para todas as agências, evitando penalizar os trabalhadores por obstáculos sobre os quais não têm qualquer controle.
Para o movimento sindical, é inadmissível que o Itaú, banco que encerrou 2024 com lucro líquido recorrente de R$ 36,8 bilhões, continue impondo metas inatingíveis e transferindo o risco das operações para os trabalhadores.
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