Na última quinta-feira (16), trabalhadores do Banco do Brasil em todo o país promoveram atos pelo Dia Nacional de Luta, destacando a insatisfação com o descumprimento de compromissos assumidos pela instituição durante a Campanha Nacional 2024. Entre as principais reivindicações está a situação dos caixas, que enfrentam incertezas e impactos significativos em suas carreiras devido à reestruturação promovida pelo banco.
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Durante as negociações da campanha, o Banco do Brasil garantiu que haveria novos cargos e que os caixas seriam realocados em funções com remuneração equivalente ou superior à gratificação de caixa. No entanto, a realidade tem se mostrado bem diferente. Atualmente, os trabalhadores estão sendo informados de que perderão suas funções em 1º de fevereiro, gerando um clima de desespero. Muitos afirmam não ter alternativas viáveis de realocação, e o banco não tem cumprido a promessa de manter os funcionários na mesma cidade ou em localidades próximas.
Nas agências onde há mais de um caixa para uma única vaga, o processo de escolha tem recaído sobre os gerentes gerais, o que desrespeita o histórico sistema interno de ascensão e oportunidades do banco.
Para a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes, a situação é alarmante e o Dia Nacional de Luta reflete a indignação dos trabalhadores, especialmente dos caixas. “Tivemos um Dia Nacional de Luta em todo o país, focado principalmente nos caixas, que estão sentindo muitos impactos dessa reestruturação e do novo plano de funções do Banco do Brasil. As pessoas continuam sem saber se vão conseguir se realocar ou não. Há muitas reclamações de trabalhadores que não vão conseguir ficar na mesma cidade, nem em localidades próximas, e isso significa uma mudança drástica em suas rotinas de vida.”
Fernanda destacou ainda que a vice-presidência de Varejo é responsável pelo cenário atual, criticando a forma como o banco tem tratado seus funcionários. “O modo como o varejo vem operando no banco não mudou. Essas pessoas estão sendo tratadas como números e não estão sendo respeitadas como profissionais que contribuem para o banco continuar crescendo e sendo referência.”
Outro ponto de insatisfação entre os trabalhadores é o curso de aprimoramento prometido aos caixas. Inicialmente apresentado como uma iniciativa para capacitação, ele acabou se tornando um pré-requisito obrigatório para concorrer às novas vagas, sem que isso fosse previamente acordado.
Muitos trabalhadores que estavam de licença, férias ou enfrentando alta demanda de trabalho não conseguiram realizar o curso e, agora, estão sendo prejudicados, perdendo oportunidades de realocação.
Como resultado das mobilizações do Dia Nacional de Luta, foi agendada uma reunião com o Banco do Brasil para a próxima semana. Na ocasião, representantes das bancárias e dos bancários apresentarão formalmente as demandas da categoria, buscando soluções para os problemas enfrentados e reafirmando a importância de uma reestruturação que respeite os compromissos assumidos com os trabalhadores.
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