
O público que está participando virtualmente do Fórum Social Mundial 2021 puderam conhecer melhor o “Projeto Basta, não irão nos calar”, implementado desde dezembro de 2019 pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e que presta atendimento jurídico especializado para as vítimas de violência doméstica, de gênero e injúria racial. O trabalho, garantido em convenção coletiva de trabalho, foi objeto de oficina na última sexta, dia 29.
Elaine Cutis Gonçalves, secretária da Mulher da Contraf/CUT, iniciou o debate lembrando que apesar de ser considerada às vezes um tabu no ambiente corporativo, a violência cometida por pessoas próximas causa grandes impactos na carreira e na qualidade do trabalho. “Recentemente pesquisa da Universidade do Ceará constatou que a violência doméstica gera problemas de saúde mental e falta de concentração no trabalho. Foi isso que levou o movimento a cobrar na mesa de negociação com a Fenaban uma política de acolhimento e que culminou nesse atendimento”, afirma ela.
O atendimento é sigiloso e atualmente é feito também de forma virtual. Até o momento foram realizados 79 atendimentos, sendo que oito são de homens e testemunhas das denúncias. Para a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva, esse trabalho se reveste da maior importância nesse momento em que um presidente da República “abriu as portas” para uma agressividade muito grande em relação a gênero, raça e orientação sexual no país. “E a coisa fica ainda mais trágica ao constatarmos que no home office a mulher ficou ainda mais vulnerável, a vítima fica refém do agressor”, ressaltou.
A pesquisadora Rachel Moreno avalia que é preciso acabar com a visão capitalista do “repouso do guerreiro”, que pode ser rei em sua casa e não deve prestar contas. É o único lugar onde ele pode descarregar a raiva e a angústia por viver em um sistema que o faz acordar cedo, enfrentar um ônibus lotado, os desmandos de um chefe e mais duas horas para voltar para casa. “A violência doméstica beneficia o capitalismo, é preciso que a gente diga isso”, afirma ela.
Para Pamela Godoy, que coordena o projeto, o atendimento busca também articular e responsabilizar o Estado a assumir seu papel. “Não se cale, procure o sindicato e denuncie, pois queremos andar e paz e porque sim,outro mundo é possível”, afirmou.

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