A situação social do Brasil do século XIX era péssima por vários motivos, mas um deles era escabroso: a escravidão. Contra esse regime, que primava por desrespeitar sumariamente todos os direitos fundamentais, havia muitas vozes, em especial a dos chamados abolicionistas. Sua atuação destoava do pensamento político dominante no Brasil, insensível e ultrapassado, com ideais avançados de liberdade, cujos conceitos são ainda válidos e podem ser vistos refletidos nos movimentos de combate ao racismo de hoje.
Entre os muitos nomes dessa tendência, alguns se destacaram e marcaram a história, como os de André Rebouças, José do Patrocínio, Luís Gama e Lima Barreto, todos afrodescendentes. Incansáveis, deixaram textos e reflexões que servem ainda hoje para se entender o Brasil.
Famosa é a frase do jornalista Patrocínio, que certa vez afirmou que a “escravidão é um roubo”. Gama, que além de militante era também poeta, foi além para defender que “o escravo que mata o senhor, seja em que circunstância, mata em legítima defesa”.
Rebouças afirmava que “a escravidão não está no nome, mas sim no fato de usufruir do trabalho de miseráveis sem paga de salários, pagando apenas o necessário para desgraçado não morrer do fome. (…) Quem possui terra, possui homem”. Incisivo, seu pensamento denunciava a guerra de interesses que estava por trás da questão da escravidão. Rebouças dizia que as “reformas sociais consistem na abolição de privilégios, de monopólios, de explorações do homem pelo abuso da força e da inteligência. O que é necessário e essencial é criar remorsos novos e dilatar os escrúpulos de consciência em todos os que abusam da fraqueza física e intelectual dos proletários, dos assalariados e escravizados”.
Como é fácil observar, quando abordam a questão dos africanos e afrodescendentes do Brasil, estão também discutindo a essência do país. Assim também o fez Lima Barreto, quando sintetizou sua opinião: “Os negros fizeram a unidade do Brasil. Os negros diferenciam o Brasil e mantêm a sua independência, porquanto estão certos que em outro lugar não têm pátria”.
Pensamentos todos elaborados há mais de um século. Nada mais atual, porém.
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