
Com inflação e taxa básica de juros (Selic) em alta e emprego e renda em baixa, endividamento no Brasil bate mais um recorde. Em outubro, cerca de 12,2 milhões de famílias brasileiras tinham dívidas a vencer. O percentual, de 74,6%, é o maior registrado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que realiza há 11 anos a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
A alta do endividamento em outubro deste ano foi de 0,6 ponto percentual contra os 8,1 pontos registrados em outubro do ano passado.
De acordo com o levantamento, divulgado na quinta-feira (4) pela CNC, o número de brasileiros endividados aumentou pelo 11º mês seguido.
84,9% das famílias têm dívidas com cartão de crédito
São dívidas no cheque pré-datado, cartão de crédito, crédito consignado, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal ou prestação de carro e de casa própria.
O vilão continua sendo o crédito rotativo do cartão de crédito. O percentual de famílias endividadas no cartão de crédito atingiu 84,9% do total de dívidas contratadas. A modalidade registou 6,4 pontos percentuais, o maior incremento anual da série histórica do indicador.
Os carnês de lojas e o financiamento automotivo também seguem ganhando destaque no endividamento, diz a CNC.
Dívidas em atraso atingem 25,6% das famílias
A pesquisa mostra que a percentagem de famílias com dívidas ou contas em atraso atingiu 25,6%, ficando 0,1 ponto acima do registrado no mês anterior, e 0,5 ponto abaixo do apurado em outubro de 2020.
Dívidas em atraso por mais de um ano
A proporção de famílias endividadas por mais de um ano é crescente desde o fim do primeiro trimestre, atingindo a máxima histórica de 35,8%.
“É um indício de que os consumidores estão buscando alongar os prazos de pagamentos de suas dívidas para que a parcela caiba nos orçamentos e, assim, evitem a inadimplência”, explica a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira.
Já o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas em atraso e que vão continuar inadimplentes diminuiu para 10,1%, contra 10,3% em setembro. Em outubro do ano passado, estava maior, em 11,9%.
Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o relativo controle da taxa de inadimplência diante do cenário econômico é impressionante.
“A inflação corrente elevada e disseminada tem deteriorado os orçamentos domésticos e diminuído o poder de compra das famílias, em especial as na faixa de menor renda. Os números demonstram os esforços em manter os compromissos financeiros em dia, com renegociação e melhor controle dos gastos”, avalia.

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