
“O país está à deriva e a única ação executada pelo governo é entregar o que o dinheiro estrangeiro quer comprar: das riquezas minerais aos produtos agrícolas de exportação; de empresas de saneamento básico e distribuição de eletricidade a ações de empresas e títulos da dívida pública”, afirma o Dieese em boletim divulgado na última sexta-feira (27). Para o instituto, a hegemonia neoliberal no país, “acelerada com golpe e fúria após 2016, mostrou "incompatibilidade entre gerir a economia pela lógica do arrocho fiscal, monetário e de salários e alcançar níveis de crescimento econômico que permitam reduzir o desemprego, a miséria e a exclusão”.
No Brasil, a inflação crescente “é um dos aspectos mais devastadores para as condições de vida da classe trabalhadora”, segundo o Dieese. O IPCA, indicador oficial da inflação, soma 12,13% em 12 meses, maior taxa acumulada desde outubro de 2003. “As expectativas são de que o IPCA-IBGE acumule alta próxima de 8% em 2022, e que atinja 4% em 2023, sinalizando que os impactos da elevação de custos, que atingem a economia global, por aqui será sentido de forma ainda mais intensa, sobretudo pelos que vivem da remuneração do próprio trabalho.”
Acordos salariais
Além disso, a inflação compromete os resultados das negociações coletivas. Apenas no primeiro trimestre, 40% dos acordos e convenções coletivas pesquisados tiveram reajuste abaixo da inflação. Acima, apenas 29%. A variação média dos reajustes foi de -0,49%. “Os pisos salariais também estão em patamar cada vez mais insuficiente para garantir sobrevivência diante da inflação galopante”, acrescenta o Dieese. No mesmo período, o valor médio dos pisos foi de R$ 1.387,82. Só 14,5% acima do salário mínimo oficial (R$ 1.212).
Mesmo com postura “irresponsável” do governo em relação à pandemia, o avanço da vacinação ajudou a fazer com que a atividade econômica voltasse ao nível anterior a março de 2020. Assim, há certa melhora nos indicadores do emprego no país. “Embora com maior precariedade e informalidade”, ressalva o Dieese. Agora, são aproximadamente 11,9 milhões de desempregados. A taxa de informalidade chega 40,1% dos ocupados, enquanto o rendimento médio cai 8,7% em um ano.
Ações de desmonte
“A situação é agravada pela desregulamentação financeira mundial e pela estagnação econômica verificada nos países centrais do capitalismo”, diz ainda o instituto, listando iniciativas oficiais que contribuíram para o desmonte interno. “Como planejado e executado, o conjunto de ações da chamada “ponte para o futuro” resultou, desde 2016, no rebaixamento progressivo do padrão de vida da classe trabalhadora no Brasil. Entre os instrumentos usados com esse propósito estão a Emenda Constitucional nº 95/2016 (Teto de gastos), a contrarreforma trabalhista (Lei 13.467/2017), a liberação geral da terceirização (Lei 13.429/2017), a contrarreforma da Previdência (Emenda Constitucional nº 103/2019), o desmonte do aparato estatal de fiscalização ambiental, entre outros. Esse cenário de destruição se tornou ainda pior com a persistente pandemia e o morticínio decorrente da atuação (ou falta de atuação) do governo federal, e com a escalada inflacionária, impulsionada pela guerra na Ucrânia.”
Dessa forma, para o Dieese, o governo mostra preocupação apenas com o processo eleitoral e a busca da reeleição. Com isso, “opera a gestão desastrosa da economia, que mantém o crescimento do país em patamares inferiores aos dos vizinhos da América do Sul”.

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