A Fundação dos Economiários Federais (Funcef) apresentou a proposta de redução das contribuições extraordinárias para os participantes do REG/Replan Saldado. A apresentação foi feita na quarta-feira (14) à Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), à Contraf e à Anapar.
Resultado do GT formado pela Caixa e pela Funcef, a proposta prevê a retirada de direitos dos participantes e o aumento do prazo de pagamento das contribuições extraordinárias. Itens como o contencioso ou a alteração da taxa de juros da meta atuarial não fazem parte desta proposta.
Entre as medidas propostas estão a unificação dos três equacionamentos vigentes em um único, com o alongamento do prazo em uma vez e meia (passando para 18 anos) e a retirada de direitos, denominada pela Funcef como "adequação no regulamento dos benefícios futuros”, conforme quadro a seguir:
Em termos financeiros, essas medidas representam R$ 2.921,119 bilhões. A contrapartida da Caixa seria apenas antecipar sua parte no equacionamento, aportando outros R$ 2.921,119 bilhões. Pela proposta, o somatório prevê a redução do déficit já equacionado, mantendo os R$ 7 bilhões que estão na margem de solvência como déficit à equacionar. Com todas estas mudanças e o alongamento do prazo em 50%, a alíquota das contribuições extraordinárias passaria dos atuais 19,16% para 10,25%.
Tamara Siqueira, diretora da Fetec-CUT/SP, avalia ser muito complicado defender aos participantes uma proposta que se resume em retiradas de direitos.
“Essa proposta seguramente causará muita decepção nos participantes, que aguardavam o fim do equacionamento. Contudo, nós fomos surpreendidos com uma proposta que não reduzirá nem pela metade a contribuição extraordinária e que só os participantes pagam. Cabe ressaltar que a proposta foi concebida sem a participação dos representantes dos trabalhadores e pretende-se implementá-la sem aos menos alguma consulta. Nós cobramos uma alternativa a ela e, para isto, queremos ter acesso aos estudos que embasaram esta proposta.”
A dirigente alerta ainda para o risco de judicialização que a implementação da proposta poderá gerar. “Esta proposta obriga que uma parte dos participantes arque, por meio do sacrifício dos seus direitos, um benefício que será revertido a todos. A Caixa e a Funcef estão se limitando a apenas nos informar sobre uma negociação que afeta o nosso patrimônio. Este debate precisa ser ampliado com a inclusão dos participantes e das suas entidades representativas, nas discussões e decisões”, afirma.
“Se o participante vai pagar com a perda de benefícios futuros, qual é a vantagem dessa medida para os participantes?”, questionou Leonardo Quadros, diretor de Saúde e Previdência da Fenae e presidente da Apcef/SP. “Na prática, o impacto é todo sobre os participantes. O valor que a Caixa alega que aportará já faz parte das provisões que o banco constituiu.”, destaca.
As entidades pediram acesso aos estudos que embasaram a proposta apresentada. “Queremos discutir o contencioso com a Caixa, a revisão da meta atuarial. Entendemos que há alternativas viáveis que não impactam no benefício futuro dos participantes”, ressaltou o diretor da Fenae.
Após apresentação da Funcef, a Fenae se reuniu com os presidentes das Apcefs para discutir a proposta. Os participantes se manifestaram contra a retirada de direitos.
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