
Diante dos rumores de que a Caixa Econômcia Federal pretende lançar uma plataforma de apostas esportivas, o Sindicato dos Bancários de Araraquara e região alerta para os riscos graves que essa ideia, se concretizada, poderá causar na população, já altamente endividada e vivendo uma epidemia de apostas.
Para Andréia C. de Campos, secretária geral do Sindicato, o ingresso da Caixa nesse nicho afasta o banco da sua função social.
"A Caixa sempre foi símbolo de um Estado que olha para os que mais precisam. Sua razão de existir está no fortalecimento das políticas públicas, no financiamento de moradias, no incentivo à educação e na gestão de programas sociais que mudam realidades. Transformar essa instituição em agente de apostas é inverter completamente sua lógica de atuação. O que se espera de um banco público é investimento em cidadania, e não em jogos que exploram a fragilidade econômica da população. A Caixa deve seguir sendo um instrumento de inclusão e esperança — não de lucro fácil e contradição social", destacou Andréia.
Um estudo da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), em parceria com a AGP Pesquisas, revelou que 63% de quem aposta no país teve parte da renda comprometida com as bets. Outros 19% pararam de fazer compras no mercado e 11% não gastaram com saúde e medicamentos.
Um relatório divulgado pelo Banco Central em setembro mostra que beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em sites de apostas esportivas, apenas em agosto de 2025. O valor equivale a 21,2% dos recursos distribuídos pelo programa no mesmo mês.
Ainda segundo a autarquia, 24 milhões de brasileiros fizeram ao menos uma aposta desde janeiro. A maioria dos apostadores tem entre 20 e 30 anos e gasta cerca de R$ 100 por aposta. Este valor sobe de acordo com a idade. Brasileiros acima de 60 anos gastam uma média de R$ 3 mil em bets.
O presidente da Fenae, Sergio Takemoto, também ressalta que o vício em jogos é uma questão de saúde pública e que o incentivo a esse tipo de prática pode aprofundar a crise de endividamento que atinge milhões de famílias brasileiras. “Já temos uma parcela expressiva da população comprometendo boa parte da renda com dívidas e apostas. A criação de uma ‘bet da Caixa’ pode agravar esse cenário”, reforçou.
Segundo o G1, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, convocou o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, para uma reunião sobre o anúncio de que o banco vai lançar um sistema de apostas esportivas próprio.
O governo Lula tem insistido na necessidade de aumentar as alíquotas dos impostos das casas de apostas, e decidiu enviar novamente ao Congresso, nos próximos dias, uma proposta que amplia a taxação das bets e fintechs.

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