Desde que a CUT lançou, em 22 de fevereiro, os Comitês de Luta em Defesa da Classe Trabalhadora, pela Vida e Democracia, espaços de solidariedade, diálogo com a sociedade, organização e luta para reconstruir o Brasil, várias entidades começaram a organizar suas bases para lançar Comitês de Luta voltados à pauta de suas categorias e em defesa do Brasil e dos brasileiros em diversas regiões do país.
No sábado (23), cerca de 200 pessoas se reuniram em Rio do Sul (SC) em uma plenária que planejou a criação de mais de 60 comitês em todo o estado. O encontro foi organizado pela direção da CUT-SC e representantes do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), com apoio de outras centrais sindicais, movimento estudantil e movimentos sociais do campo e da cidade.
Em Santa Catarina, os Comitês Populares de Luta serão construídos nos locais de trabalho, de moradia, nas comunidades e em todos os locais onde for possível para fazer o debate com a população, mobilizar em torno da solidariedade e das reivindicações do povo brasileiro e eleger representantes da classe trabalhadora.
Também neste final de semana, no Encontro Estadual dos Bancários do Ceará, que reuniu representantes dos sindicatos e lideranças da CUT e da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), na sexta-feira (22) e no sábado (23), em Fortaleza, um dos destaques foi a criação de comitês com foco na soberania nacional, na defesa dos bancos públicos, da reforma tributária, do sistema financeiro que queremos e dos direitos, como também no combate ao desemprego, à fome e à miséria.
A meta dos bancários é criar pelos menos 100 comitês. A mesma meta foi estabelecida pela Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do Rio Grande do Sul (FTM-RS), em encontro realizado em março. Os metalúrgicos vão usar os comitês para fortalecer a mobilização da categoria durante a campanha salarial 2022/2023 e também o debate das eleições de outubro. No início deste mês, a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece) já havia criado o Comitê Estadual de Luta da Agricultura Familiar.
A criação do Comitê em Defesa dos Bancos Públicos foi deliberada logo na abertura do evento da categoria no Ceará. Para os sindicalistas, esses bancos precisam ser defendidos, porque são estratégicos para o desenvolvimento do país, por fornecer crédito a juros mais baixos ou por financiar moradias de alto padrão e populares, agricultura, grandes empresas, microempresas e setores informais.
“Hoje quem não está com fome, está comendo pouco, recebendo pouco, desempregado e endividado. Essa é a realidade da maioria da população em um governo que claramente favorece e enriquece ainda mais o sistema financeiro em detrimento do sofrimento do povo”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, ao explicar no evento a importância dos comitês da categoria no momento em que o Brasil vive uma crise econômica e social prolongada.
Além de prestar solidariedade aos que mais precisam neste momento trágico do país, arrecadando e distribuindo alimentos, por exemplo, os comitês têm o papel de conscientizar a população sobre a necessidade de o país retomar o rumo do desenvolvimento com geração de emprego e renda, para que a população volte a ter dignidade. E as eleições 2022 são cruciais para que o país seja salvo.
Ao apresentar o plano de criação do comitês que serão organizados pela Contraf-CUT, Juvandia destacou o espírito de luta que faz parte da criação dos comitês. “Comitê é algo vivo, é movimento, é nas redes sociais e, principalmente, nas ruas”, ela disse.
Espaços de luta
“É necessário levar os comitês para os bairros, locais de trabalho, igreja e apresentar aos amigos e familiares”, disse o presidente da CUT Ceará, Wil Pereira. Nesses espaços, ele reforçou, o movimento sindical, em parceria com movimentos sociais, vai priorizar as lutas mais urgentes da classe trabalhadora.
“Os comitês populares são instrumentos importantes para mobilizar trabalhadores e trabalhadoras para que o Brasil retome o rumo do desenvolvimento econômico e social do país”, disse o dirigente.
O anfitrião do evento, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará e da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Nordeste (Fetrafi/NE), Carlos Eduardo, iniciou o encontro com a apresentação do objetivo e das estratégias que fazem parte dos comitês que serão lançados em todo o Brasil.
Sandra Trajano, secretária de finanças e coordenadora da Comissão de Empresas da Fetrafi/NE, falou da importância dos comitês e de transformá-los em instrumentos de grande alcance. “Precisamos, através dos comitês, alcançar o máximo de pessoas e explicar como e por que o Brasil necessita de um governo popular. É uma chamada à renovação de ânimo para esse trabalho conjunto e necessário que chega agora às nossas responsabilidades”, afirmou.
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