
Quebrar tabus e discutir melhores condições de trabalho e saúde para as mulheres são alguns dos objetivos da Campanha 3M´s: Menstruação, Maternidade e Menopausa, lançada pela UNI Global Union.
“Dos três M´s, apenas a maternidade é mais divulgada, abordada pelo movimento sindical e protegida por normas internacionais. No entanto, muitas mulheres e pessoas que menstruam enfrentam barreiras no trabalho em relação à falta de acesso a saneamento adequado, quando isso não se torna mesmo um obstáculo à sua permanência no local de trabalho. A ausência de instalações sanitárias limpas e privadas tem implicações diretas em problemas de saúde, como infecções e doenças renais. As pessoas que menstruam precisam de espaços onde possam administrar suas necessidades de higiene de forma discreta e confortável, sem medo de constrangimento ou exposição. Coisas como o acesso à água limpa para se lavar, por exemplo, são necessidades básicas e vitais, mas que muitas vezes são negligenciadas no local de trabalho”, destaca Andrea García, coordenadora de Igualdade de Oportunidades da UNI Américas.
Outro tema negligenciado, continua Andrea, é a menopausa. “Em termos de menopausa, é preciso, acima de tudo, superar os estereótipos que a envolvem e que causam vergonha e assédio às trabalhadoras, como o fato de se referir às mulheres nessa fase como inúteis e improdutivas. Há ainda a necessidade de se garantir acesso à saúde nessa fase, em que as mulheres passam por mudanças hormonais."
“Embora sejam experiências biológicas naturais, os três M's continuam sendo assuntos tabus em muitas culturas e locais de trabalho. No entanto, eles têm um impacto significativo no desenvolvimento da carreira das trabalhadoras que os vivenciam. É essencial que os sindicatos analisem a segurança e a saúde ocupacional a partir de uma perspectiva de gênero. Essa abordagem reconhece que as diferentes tarefas, papéis e estereótipos sociais atribuídos às trabalhadoras, juntamente com as expectativas e responsabilidades impostas a elas, podem aumentar sua suscetibilidade a determinados riscos físicos e psicológicos. E isso exige a adoção de políticas de saúde ocupacional personalizadas e estratégias de prevenção e controle para lidar com esses riscos específicos de gênero”, acrescenta Verónica Fernández Méndez, chefa mundial do Departamento de Igualdade de Oportunidades da UNI Global Union.
O Sindicato dos Bancários de Araraquara e região apoia a Campanha. A luta da entidade, juntamente com todo o movimento sindical bancário, não se resume somente à Campanha Nacional Unificada da categoria, mas se estende pela ampliação dos direitos para todos os trabalhadores e trabalhadoras e por um país mais justo e igualitário.
As questões como maternidade, menstruação e menopausa devem ser tratadas como questões trabalhistas porque fazem como parte da luta pela igualdade de oportunidades. É preciso ter ambientes de trabalho adequados a todas as pessoas, e canais para ouvir mulheres em suas mais diferentes fases, para auxiliá-las em suas reais necessidades.
> Saiba mais sobre a Campanha no site na UNI

Concentração de inovações tecnológicas nas “big techs” é ameaça à democracia

Presidente Lula cobra e Caixa suspende lançamento de bet

VIII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro destaca combate ao racismo e defesa da igualdade de oportunidades

Sindicato convoca empregados da Caixa para assembleia específica sobre o Saúde Caixa

Senado propõe regras para impedir fechamento indiscriminado de agências bancárias

Lucro do Itaú chega a R$ 34 bilhões enquanto milhares são demitidos

Abertas as inscrições para as eleições do Conselho de Usuários do Saúde Caixa

Banco Central contribui com o aumento da dívida pública do governo

Senado aprova isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil
Institucional
Diretoria
História
Conteúdo
Acordos coletivos
Galeria
Notícias