A cobrança pela redução da taxa básica de juros no país deu a tônica na celebração do Dia do Trabalhador realizado pelas centrais sindicais CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Intersindical, CSB, Nova Central e Pública neste primeiro de maio, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo (veja no fim do texto a pauta das centrais).
“Este ato é muito importante para todos nós, trabalhadores, porque além de reivindicar emprego e renda, queremos juros mais baixos para podermos consumir. Todo mundo aqui quer ter uma casa própria, comprar nossas coisas. E esses juros estão absurdos. Nós, bancários, temos feito atos no Brasil todo, junto com as centrais sindicais, para cobrar a diminuição dos juros”, afirmou Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
Ivone também enfatizou a importância de um governo que ouça as demandas dos trabalhadores. “Hoje nós podemos reivindicar. Os trabalhadores podem novamente ir no palácio [do Planalto] reivindicar pautas, e somos recebidos. Isto é democracia. E não existe democracia sem sindicatos.”
Presente no ato das centrais sindicais no Vale do Anhangabaú, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, também criticou a taxa básica de juros, que atualmente está em 13,75% ao ano. “A gente não pode mais viver em um país onde a taxa de juros não controla a inflação. Ela controla, na verdade, o desemprego, porque ela é responsável por uma parte dessa situação que nós vivemos hoje”, afirmou.
O presidente da CUT, Sérgio Nobre, também salientou a urgência da redução da taxa básica de juros determinada pelo Banco Central, que ganhou autonomia em 2021 e atualmente é comandado por Roberto Campos Neto, indicado no governo anterior.
“A gente aprendeu, nesses sete trágicos anos, que a nossa unidade foi fundamental para derrotar o fascismo. Mas a nossa unidade vai ser mais importante ainda para reconstruir o nosso país. Nós precisamos fazer esse país voltar a crescer de forma vigorosa, gerar emprego, que é o que o nosso povo precisa. Precisamos acabar com a fome no nosso país, que tinha acabado no governo Lula. Mas para isso, tem que cair a taxa de juros (…) esse [Roberto] Campos Neto está sabotando o crescimento do país com uma taxa de juros a 13,75%. A partir de amanhã, o movimento sindical estará em campanha permanente pela queda dos juros, condição fundamental para esse país crescer”, afirmou.
> Presidente da República anunciou também reajuste, valorização do salário mínimo e correção de tabela do IR. Confira aqui
A pauta das centrais
- Fortalecimento da negociação coletiva
- Mais empregos e renda
- Fim dos juros extorsivos
- Política de valorização do salário mínimo
- Direitos para todos
- Revogação dos marcos regressivos da legislação trabalhista
- Fortalecimento da democracia
- Aposentadoria digna
- Trabalho igual, salário igual (Convenção 156 da OIT)
- Valorização do servidor público (Convenção 151 da OIT)
- Contra o assédio moral, a violência e o racismo
- Revogação do “Novo” Ensino Médio
- Desenvolvimento econômico e social
- Regulamentação do trabalho por aplicativos
- Defesa das empresas públicas
Congresso volta do recesso e projetos de interesse dos bancários entram na pauta
Coletivos estaduais de bancos públicos e privados se reúnem nos dias 7 e 8 de agosto
Audiência pública na Alesp discute epidemia de adoecimento mental entre bancários
Trabalhadores debatem futuro da Caixa
Bradesco lucra R$ 11,9 bilhões no 1º semestre de 2025 e segue fechando agências e postos de trabalho
Negociações avançam e Mercantil reduz meta da PLR 2025 em resposta à COE
Lucro do Santander cresce às custas dos trabalhadores e do fechamento de agências
Reivindicação histórica: trabalhadores de bancos incorporados poderão migrar para a Cassi e Previ
Decisão do BC em manter juros em 15% expõe brasileiros a endividamentos e não combate inflação
Institucional
Diretoria
História
Conteúdo
Acordos coletivos
Galeria
Notícias