A taxa de desocupação no primeiro trimestre de 2022 - janeiro, fevereiro e março - se manteve em 11,1%. O percentual é idêntico aos últimos três meses de 2021. Isso significa que há 11,9 milhões de pessoas desempregadas. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para efeitos comparativos, o primeiro trimestre de 2021 apresentava taxa de desocupação de 14,9%. Entre os primeiros trimestres de 2022 e do ano anterior, portanto, há uma queda de 3,8 pontos percentuais.
Economista e coordenador do Reconta Aí, Sérgio Mendonça lembra que a taxa de desocupação se mantém alta há mais de meia década.
"Desde 2016 a taxa de desemprego é superior a 2 dígitos, acima de 10%. Seis anos com desemprego alto e taxa de subutilização da força de trabalho alta", afirma. "A queda substancial do desemprego só será alcançada por uma nova orientação de política econômica, bem distinta da que vem sendo adotada pelos governos Temer e Bolsonaro, especialmente quanto ao papel do regime fiscal, teto de gastos e investimento público".
Mendonça destaca o fato de que os números da PNAD Contínua apresentam um cenário geral de melhora - quando se leva em conta que a economia brasileira tem, usualmente, uma sazonalidade em que o mercado de trabalho é mais aquecido no segundo semestre.
"O indicador negativo segue sendo o rendimento real médio dos ocupados", ressalva o economista. O rendimento real habitual no primeiro trimestre de 2022 foi de R$ 2.548 - uma alta de 1,5% em relação ao trimestre anterior, quando marcou R$ 2.510. Em comparação com o mesmo trimestre de 2021, entretanto, houve recuo de 8,7%, já que naquele momento estava em R$ 2.789.
Comparando-se os três primeiros meses de 2021 com o mesmo período de 2022, há, portanto, queda da desocupação, queda do rendimento e manutenção da massa de rendimento real habitual - no patamar de R$ 237,7 bilhões. A chave para essa contradição - menor desocupação deveria significar maior massa de rendimentos - está na inflação, segundo Mendonça. Isso faz, inclusive, que o comportamento usual de aquecimento da economia e do mercado de trabalho não ocorra este ano.
"A dúvida é sobre a inflação, ainda muito alta, e a intensidade do crescimento nesse 2° semestre de 2022. Por quê? Pelo impacto da alta inflação no poder aquisitivo das famílias e pelo efeito da taxa de juros no crédito. Em outras palavras, pode ser que o segundo semestre de 2022 não tenha o comportamento de segundo semestre de um ano típico. Ainda é cedo para cravar essa análise, mas a probabilidade de que isso aconteça não é pequena", finaliza Mendonça.
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