Pedro Guimarães volta a pressionar bancários por venda das ações da Caixa Seguridade
Movimento sindical já havia protocolado denúncia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por irregularidades na venda de ações na IPO da Caixa Seguridade, por descumprimento de duas das instruções da Comissão (539 e 400)
Data: 28/07/2021 às 13:46
Fonte: Seeb SP

Empregados da Caixa voltaram a relatar ao movimento sindical que estão sofrendo pressão para a comercialização das ações da Caixa Seguridade nas agências bancárias, de forma indiscriminada. Em abril, as entidades representativas dos trabalhadores já haviam protocolado denúncia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por irregularidades na venda de ações na IPO da Caixa Seguridade, por descumprimento de duas das instruções da Comissão (539 e 400).

A direção da Caixa cometeu irregularidades quando cobrou de forma abusiva que seus funcionários vendessem ações da IPO sem uma preparação e determinação de quem efetivamente poderia vender os papéis. Na ocasião, a Caixa determinou que a venda dessas ações fosse a principal meta das agências. Outra irregularidade foi obrigar os empregados a oferecer as ações para todos os clientes do banco, quando apenas 10% deles estariam qualificados para a compra. Agora, o movimento sindical volta a receber denúncias de pressão por venda indiscriminada do produto. Ou seja, novamente o presidente do banco, Pedro Guimarães, está forçando os bancários e comercializarem indiscriminadamente essas ações, oferecendo a quem não tem o perfil de comprador, por não ter condição financeira para isso ou por não ter perfil de investidor a médio e longo prazos.

É válido destacar, ainda, que houve pressão inclusive para que os próprios empregados comprassem. E para que isso se concretizasse, o presidente da Caixa chegou a autorizar a antecipação de salários dos bancários. Tanto que Pedro Guimarães comemorou, em discurso na Bovespa, que 55 mil empregados da Caixa haviam adquirido ações da Caixa Seguridade.

A compra e venda das ações pelos próprios empregados têm sido um fator determinante no preço dessas ações. Como esses empregados de fato não tinham perfil de investidores, o que aconteceu foi que, quando as ações alcançaram um alto valor, chegando a R$ 13,41 no dia 28 de junho, eles começaram a se livrar delas, vendendo as ações que haviam comprado, inundando o mercado de papéis da Caixa Seguridade e desvalorizando as ações para os demais acionistas.

Na semana passada, voltaram a crescer as denúncias dos bancários de que estariam novamente sendo pressionados, com acusações em live de terem vendido as ações que compraram, e com redirecionamento nas metas num momento de grande cobrança dos empregados quanto ao crédito pelo Pronampe. Não foi uma coincidência as ações terem seu menor valor, chegando a R$ 10,33 no dia 19 de julho, quando os empregados voltaram a denunciar abusos.

A abertura de capital da Caixa Seguridade foi o principal passo no sentido de privatizar o banco público aos pedaços. Com a abertura da Caixa Seguridade, o governo privatista de Bolsonaro conseguiu vender uma fatia do banco público tão importante para o país. Mas, os sindicatos continuam mobilizados na luta contra a privatização do banco público e, para isso, a participação e união dos empregados junto às entidades é fundamental.

O movimento sindical está aguardando o resultado da denúncia realizadas junto à CVM; é importante que a Comissão de Valores Mobiliários tome providências diante das irregularidades relatadas. Mas paralelamente a isso, é fundamental que os bancários continuem denunciando a pressão e o assédio que estão sofrendo para comercializar as ações.

> Você está sendo pressionado a comercializar ações da Caixa Seguridade? Denuncie ao Sindicato por meio do WhatsApp (16) 98115-6150.

 

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