Os números apresentados pela Funcef no último dia 23 demonstram que dos cinco grandes segmentos da carteira da fundação, investimentos imobiliários foram os únicos que apresentaram rentabilidade abaixo da meta atuarial de 10,19%. O rendimento apresentado foi de 1,75%.
Segundo a Funcef, o desempenho deve-se ao agravamento da pandemia, que motivou medidas de restrição como o fechamento de shoppings, hotéis e a adoção de home office. A renda dos aluguéis caiu à metade, passando de R$ 412,7 milhões, em 2019, para R$ 196,3 milhões no ano passado.
A Fundação informou também que foi aprovado um plano de ação para reestruturar a carteira imobiliária - que hoje tem saldo de R$ 5,9 bilhões de ativos – a partir de 2021.
Detalhes sobre este plano não foram repassados aos participantes, mas a imprensa tem divulgado informações sobre uma possível reestruturação da carteira de investimentos imobiliários.
Em 18 de fevereiro deste ano, o Valor Econômico divulgou que a Funcef pretendia reduzir sua carteira imobiliária nos próximos cinco anos de 148 para 43 ativos. Na carteira, há imóveis como hotéis, shoppings, dentre outros.
Segundo o jornal, o presidente da Fundação declarou que a intenção é trabalhar com parceiros privados em termos de reestruturação. “Muito provavelmente vamos transformar alguns destes [ativos] em fundos imobiliários”, afirmou Renato Villela ao Valor.
Os participantes da Funcef não podem ficar à mercê de informações envolvendo investimentos por meio da imprensa. O debate da política de investimentos deve passar por eles. A expectativa do movimento sindical é que haja transparência durante o processo.
Explicações
Em 28 de setembro de 2020, a Fenae encaminhou ofício à presidência da Funcef, onde cobra esclarecimentos sobre informações veiculadas em redes sociais e na imprensa sobre os imóveis da fundação e outros investimentos. Até o momento, não obteve respostas.
No documento, a entidade relata a preocupação dos participantes sobre venda de ativos. Considerando os resultados apresentados da carteira de imóveis da Funcef nos últimos anos, verificados em informações disponibilizadas pela própria entidade, é natural que dados referentes à venda de ativos dessa natureza suscitem dúvidas e preocupações nos participantes.
Em 2019, a própria fundação havia anunciado o início de estudos para elaboração de um Plano de Investimentos e Desinvestimentos da Carteira Imobiliária, visando se adequar às diretrizes exigidas pela Resolução do Conselho Nacional Monetário (CNM) 4661/2018.
Esta resolução determina que os fundos de pensão têm 12 anos, contados a partir de maio de 2018, para se desfazer de seus imóveis optando pela sua venda ou incorporação em fundo imobiliário.
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