Ao comentar a recente pesquisa realizada pelo Instituto Big Data, encomendada pelo movimento liberal “Livres”, que constatou que apenas 19% dos entrevistados são favoráveis à privatização sem critérios, Rita Serrano, coordenadora do Comitê em Defesa das Empresas Públicas e representante dos trabalhadores no CA Caixa foi taxativa: “Em primeiro lugar, ela é feita por um instituto que não é neutro e mesmo assim não difere de pesquisas anteriores ao mostrar que a sociedade percebeu, até por causa da pandemia, que o futuro é público e que os países que melhor enfrentaram a crise foram justamente os que têm um Estado forte e organizado e que o país mais liberal do mundo, os Estados Unidos, é onde mais se morre de Covid”, avaliou.
Foram ouvidas por telefone 1.688 pessoas entre os dias 6 e 11 de janeiro, com recortes de classe social, faixa etária, gênero, escolaridade e região. O público entrevistado foi 52% de mulheres e 48% de homens. A maior parte dos entrevistados (44%) tem idade acima de 45 anos, e 44% têm escolaridade do ensino fundamental. A margem de erro é de 2,25 pontos percentuais para mais ou para menos. Para 45% dos entrevistados, a privatização deveria depender do setor e considerar também se a empresa em análise fecha suas contas no azul ou no vermelho. Apenas 19% dos entrevistados são favoráveis à privatização de qualquer empresa, independentemente das suas condições. Já o total de entrevistados contrários à venda das empresas chegou a 21% – portanto, um percentual maior do que os que são favoráveis à privatização geral. Um grupo de 15% não soube responder. A pesquisa foi encomendada pelo movimento liberal “Livres”, que se define como “uma associação civil sem fins lucrativos que atua como um movimento político suprapartidário em defesa de bandeiras do liberalismo”.
Rita Serrano acrescenta que a sanha de vender e entregar tudo o mais rápido possível à iniciativa privada denota que os liberais defensores do estado mínimo estão cada vez mais sem argumentos e que após a pandemia a sociedade valorizará ainda mais o que é público. “Imagine se não tivéssemos o SUS como estaríamos agora? Com certeza teríamos muitos mais mortos. Muito pior que os EUA que está em primeiro lugar no número de mortos e nós já estamos em segundo, graças à política irresponsável do governo. Também está claro que se não houvesse corte de recursos para a saúde, o país teria tido condições de fabricar a sua própria vacina. E se hoje ainda teve o SUS e a própria Caixa para atender na pandemia, é porque ao longo dos últimos anos, movimentos e entidades levantaram a bandeira da luta em defesa do patrimônio público” afirma ela.
Tudo isso tem a ver com um Estado direcionado para o cidadão, entende ela, e não apenas para os resultados econômicos do lucro acima de tudo. “Até países liberais como a Alemanha só enfrentaram melhor a pandemia porque tem serviços públicos fortes, voltados para o bem comum”, finalizou.
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