Número de bancários contaminados escancara urgência de vacinação para a categoria
Trabalhadores foram considerados essenciais para o atendimento à população durante a pandemia. Mas, suas vidas não parecem ter a mesma importância para o governo, que, apesar das inúmeras reivindicações, recusa-se a inclui-los nos grupos prioritários
Data: 08/03/2021 às 17:04
Fonte: Seeb Araraquara

A cada dia, o Sindicato dos Bancários de Araraquara tem recebido novas notificações de casos confirmados ou suspeitos por coronavírus nas agências de sua base. Até agora, 66 trabalhadores, de um total de 550, já foram vítimas da doença que levou o país ao colapso. Destes, 18 são prestadores de serviço nas áreas de segurança e limpeza.

O número é preocupante e alerta para a necessidade e urgência de inclusão da categoria entre os grupos prioritários para imunização.

“Estamos preocupados com a taxa de disseminação do novo coronavírus. Temos fiscalizado e cobrado sistematicamente dos bancos ações mais eficientes, como a vacinação para os trabalhadores que atuam na linha de frente. Os bancos são locais de alto índice de contaminação e, neste momento, a proteção de um trabalhador significa a proteção de outras dezenas de pessoas, inclusive por conta da nova cepa já presente em nosso município e que, segundo especialistas, possui uma taxa de transmissão ainda maior”, explica a diretora do Sindicato, Rosangela Silva Lorenzetti.

O Sindicato realizou um levantamento próprio para controle e atuação, e constatou que dos afetados pelo coronavírus, 21 são empregados da Caixa Econômica Federal, trabalhadores que ao longo de sua trajetória, vêm estabelecendo estreitas relações com a população ao atender às suas necessidades imediatas, FGTS, Programa de Integração Social (PIS), Seguro-Desemprego, crédito educativo, financiamento habitacional (Minha Casa. Minha Vida) e, agora durante a pandemia, o auxílio emergencial para mais de 68 milhões de pessoas.

Desde o início da pandemia, o movimento sindical tem atuado na defesa da vida e dos direitos da categoria, e conquistou medidas de segurança importantes, como afastamento do grupo de risco e home office para grande parte dos trabalhadores; a suspensão de metas e demissões durante a pandemia; e a obrigatoriedade de fornecimento, por parte dos bancos, de máscaras e álcool em gel.

“A categoria bancária foi considerada essencial para o atendimento à população durante essa crise sanitária. Milhares estão trabalhando na linha de frente das agências como os trabalhadores da saúde nos hospitais. Mas, suas vidas não parecem ter a mesma importância para o governo, que, apesar das inúmeras reivindicações, recusa-se a inclui-la entre os grupos prioritários”, denuncia Rosangela.

A dirigente ressalta, no entanto, que nada bastará se não tiver vacina disponível para todos. “Eis outra frente de luta para exigir que Bolsonaro se agilize, cumpra com sua responsabilidade e compre vacinas suficientes para vacinar a todos. É inaceitável a postura de um presidente que trata com desdém a pandemia”, lamenta.

Para além da falta de planejamento, o comportamento do governo e de seus aliados no Congresso, desde o início da pandemia, foi caracterizado pelo aspecto negacionista em relação à imunização, concretizado tanto em declarações que lançaram dúvidas sobre a vacinação quanto em polêmicas com laboratórios farmacêuticos, governadores brasileiros e órgãos independentes do governo.

Enquanto a vacina e a imunização de toda a população não acontecem, é preciso continuar com os cuidados, seguindo os protocolos de prevenção.

“Neste momento em que a Covid-19 volta a crescer exponencialmente em nosso estado, e que obrigou o governo municipal de Araraquara a colocar a cidade em lockdown total para conter o avanço da doença - com projeções ainda piores para os próximos meses se medidas mais rigorosas não forem tomadas em todo o país por Bolsonaro – orientamos todos os bancários e bancárias para que redobrem os cuidados contra o vírus, sejam os cuidados pessoais, sejam os coletivos”, reforçou a diretora do Sindicato.

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