Mujica e Alberto Fernandez debatem o futuro da democracia no 4º Congresso da CSA
Dilma Rousseff também falou no Congresso. Ex-presidenta denunciou a ampliação da miséria, fome e desigualdades no Brasil no governo Bolsonaro.
Data: 23/04/2021 às 12:05
Fonte: Contraf-CUT

Começou na última terça-feira (20) e termina nesta sexta (23), o 4º Congresso da Confederação Sindical dos Trabalhadores das Américas (CSA). O encontro, realizado pela primeira vez de forma virtual, por causa da pandemia do coronavírus (Covid-19), debate o futuro da democracia frente aos desafios de cortes de direitos trabalhistas e ataques à organização sindical. O ex-presidente uruguaio, Pepe Mujica, e o presidente da Argentina, Alberto Fernandez, participaram da abertura do encontro.

Na cerimônia de abertura foi apresentado um vídeo das lutas do movimento sindical no continente. Após o vídeo, foi feita uma saudação pelo presidente da CSA, o canadense Hassan Yussuff. Também foi exibido um vídeo em homenagem à primeira presidenta da CSA, Linda Chávez Thompson.

Conteúdo político

Foram eleitas comissões e aprovado o regimento do encontro. “As discussões de hoje (terça-feira) tiveram um altíssimo conteúdo político, com as análises conjunturais do presidente da CSA, Hussein Yussuff, do diretor geral da OIT, Guy Rider, da secretária-geral da CSI, Sharan Burrow, e do ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica”, disse o secretário de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto von der Osten.

Além de von der Osten, participam os dirigentes sindicais brasileiros a presidenta, Rita Berlofa, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e presidenta da UNI Finanças Mundial; a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, e o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Mario Raia.

Cena latino-americana

Outro participante do encontro foi o presidente da Argentina, Alberto Fernandez, que avaliou a cena latino-americana. Fernandez destacou os processos de enfrentamento com a direita neoliberal nos países da região e os esforços que têm feito para que não ocorram embargos econômicos como os que existem atualmente contra Cuba e Venezuela. Ele falou do Brasil e de como é difícil o enfrentamento social na conjuntura brasileira.

“O saldo político do dia foi muito animador pois deixa aos delegados das 39 centrais sindicais que estão participando um sentimento de unidade e de esperança na luta por igualdades, direitos e felicidade” avaliou Roberto von der Osten.

Dilma Rousseff fala no congresso da CSA

A ex-presidenta Dilma Rousseff falou na quarta-feira (21), segundo dia do 4º Congresso. Dilma fez uma saudação ao evento e denunciou a ampliação da miséria, da fome e desigualdades no Brasil no governo Bolsonaro.

A agudização da miséria, da exploração, aumento da pobreza familiar foram questões ressaltadas pela ex-presidenta. Dilma deu destaque nesse quadro de miséria para as mulheres negras, segmento discriminado e explorado da sociedade. Ela falou das empregadas domésticas mantidas nas casas dos patrões. Essa situação de trabalhos similares à escravidão, de acordo com a ex-presidenta, piorou após o golpe que a tirou da presidência. Dilma lembrou dos ataques a direitos dos trabalhadores que antecederam a pandemia.

Nos debates, houve intervenções de Vinicius Pinheiro, representante da OIT Américas; de Doerte Wollrad, pela Fundação Friedrich Ebert; de Lucas Vicentini , secretário-geral da European Trade Union Confederation ETUC CES, e Shoya Yoshida, secretário-geral da CSI Ásia Pacífico. Os participantes do debate enfatizaram a luta pela redução das desigualdades, a sustentabilidade das economias e a urgência de proteção social. As falas fizeram referências à liberdade de Lula e o desejo de que ele venha a governar o Brasil.

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