Apesar da inflação dos últimos 12 meses ter batido mais de 11% o governo de Jair Bolsonaro (PL), apresentou uma proposta de reajuste do salário mínimo de 6,7% - índice que reflete a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para este ano. Com isso, o atual salário mínimo passaria de R$ 1.212 para R$ 1.294 – um aumento de apenas R$ 82.
O índice do reajuste consta no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2023 e foi enviado também no dia 14 ao Congresso Nacional. O PLDO ainda apresentou previsões de R$ 1.337 para o salário mínimo em 2024 e de R$ 1.378 para 2025.
O valor do salário mínimo para o próximo ano ainda pode ser alterado, dependendo do valor efetivo do INPC neste ano. Pela legislação, o presidente da República é obrigado a publicar uma medida provisória até o último dia do ano com o valor do piso para o ano seguinte.
Fim da Política de Valorização do Salário Mínimo
Embora o índice ainda possa ser alterado, desde que assumiu a presidência, Bolsonaro nunca aplicou a Política de Valorização do Salário Mínimo, dos governos Lula e Dilma (PT), que seguia o reajuste de acordo com uma fórmula que previa o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no país de dois anos anteriores mais a inflação oficial do ano anterior.
Com essa política proposta pela CUT com o apoio das demais centrais sindicais, o salário mínimo teve uma valorização real de 77,01%, entre 2013 e 2017, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Mas desde 2020, o reajuste passou a seguir apenas a reposição do INPC e o poder de compra do salário mínimo é menor a cada ano.
Quem ganha até um salário mínimo no Brasil?
No último trimestre de 2021, o total de trabalhadores ocupados que recebiam até 1 salário mínimo era de 33.399.968. Desses, com carteira assinada, eram 7,2 milhões no setor privado, 667 mil no emprego doméstico; 227,8 mil no setor público e 786,6 mil eram estatutários no setor público, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD Continua).
Os últimos dados consolidados da Previdência, no qual é possível inferir faixas de valor, são para o ano de 2019.
Naquele ano, de um total de 29.051.662 beneficiários(as) da Previdência, 15.598.487 recebiam exatamente 1 salário mínimo de benefício, sendo que ainda 608.057 recebiam abaixo desse valor.
- Benefícios Assistenciais: 4.754.336 (BPC/Loas)
- Amparos Assistenciais: 4.650.169
- Portador de Deficiência: 2.589.347
Negros seguem como principais vítimas da violência no Brasil, mostra Anuário de Segurança 2025
Segundo Dieese, altas rendas não contribuem sequer com 10% da alíquota do IR
Impactos da digitalização no mercado financeiro foi tema de encontro da UNI América Finanças
Negociações sobre custeio do plano associados da Cassi avançam, mas ainda sem acordo
CEE cobra e Caixa garante que reestruturação não trará perdas financeiras
Encontro Nacional dos Funcionários do Santander debaterá cenário econômico, perspectivas do sistema financeiro e plano de luta da categoria
Sindicato participa da Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador reforçando a luta contra o adoecimento da categoria bancária
Recorte da Consulta Nacional revela falta de comprometimento dos bancos com igualdade de oportunidades
Delegados aprovam Plano de Lutas na 27ª Conferência Estadual da FETEC-CUT/SP
Institucional
Diretoria
História
Conteúdo
Acordos coletivos
Galeria
Notícias