Essa quinta-feira (30) foi um dos momentos mais marcantes para a base da FETEC-CUT/SP ao receber alguns dos importantes nomes da luta em defesa dos trabalhadores.
O Sindicato dos Bancários de Araraquara e região marcou presenção no evento representado por seu presidente Paulo Roberto Redondo e pelos diretores André Luiz de Souza, Paulo Vicente Fernandes e Rosângela Lorenzetti.
Jair Meneguelli, Arthur Henrique e Mônica Valente, nomes fundamentais na fundação e implementação da CUT, participaram da primeira mesa do evento, compartilhando suas trajetórias e abordando o passado e o presente da luta sindical no Brasil.
Aline Molina, presidenta da FETEC-CUT/SP e Secretária de Formação do Seeb SP, inaugurou o Seminário destacando que a batalha sindical, mesmo com a vitória de Lula, permanece intensa, especialmente após as reformas implementadas por Temer.
Aline ressaltou a importância de os sindicatos aprofundarem a compreensão sobre a história dessa luta de quatro décadas para a criação de uma central única de trabalhadores.
“Precisamos refletir sobre como estaremos daqui a 40 anos e quais serão nossos desafios daqui em diante. Realizar esse debate é fundamental também para entendermos que, embora estejamos atravessando um período desafiador, já nos confrontamos com momentos ainda mais espinhosos para a classe trabalhadora.”
O sonho da Central Única
Jair Meneguelli, ícone na história global do sindicalismo, foi o primeiro presidente da CUT em um período marcado por intensa turbulência durante a ditadura militar.
Atualmente aposentado, o ex-presidente do Conselho Nacional do Sesi, lembrou que a CUT, após uma longa batalha para ser fundada, hoje destaca-se como uma das cinco maiores centrais sindicais do mundo.
“Nosso sonho inicial era unificar as diversas tendências políticas em uma única central de trabalhadores no país, e esse continua sendo o sonho de muitos de nós”.
Meneguelli recordou as várias conquistas, que na década de 80 pareciam utópicas, como a redução da jornada de trabalho, resultando na criação de milhares de empregos.
“Agora é importante retomarmos essa luta pela redução da jornada. Uma batalha que não se limita apenas a trabalhar menos, mas que busca proporcionar tempo para estudar, conviver com a família e, sem dúvida, gerar mais oportunidades de emprego”.
Jair emocionou os convidados ao lembrar de seu ingresso no sindicato, sua condução para a presidência da CUT e como Lula, desde o início de sua jornada como sindicalista, continua sendo assertivo na indicação das lideranças em defesa dos trabalhadores e da população brasileira.
Solidariedade sindical
Artur Henrique da Silva Santos, atual dirigente da Fundação Perseu Abramo, foi eleito presidente da CUT durante o primeiro mandato de Lula.
Eletricitário aposentado, ele destaca a essência da CUT, originada e mantida na luta pela democracia e pela defesa dos direitos trabalhistas, influenciando a vida de milhares de brasileiros.
Arthur ressalta o papel crucial da CUT na pressão e mobilização pela Constituinte de 88, enfatizando que muitas conquistas da Constituição foram resultado da ativa participação da Central e seus sindicatos.
A relevância da cooperação entre os sindicatos também foi pontuada por Arthur.
“Essa solidariedade entre sindicatos e as categorias é marcante, refletindo-se inclusive nas eleições sindicais e no fortalecimento das greves”.
Ouçamos a juventude
Sob a ótica de Arthur Henrique, sindicatos com diretorias que permanecem no cargo por longos anos causam uma inércia que desencoraja parte da juventude em busca de participação nas entidades.
“Alguns sindicatos buscam renovar suas direções e lideranças executivas, mas enfrentam o desafio da comunicação eficaz. É crucial abordar questões pertinentes à juventude, proporcionando espaço para que expressem suas perspectivas. É urgente desenvolvermos instrumentos e estratégias para engajar e aprimorar a participação desse segmento, reconhecendo a valiosa troca e aprendizado que podem nos oferecer”.
Mulheres na CUT
A psicóloga Mônica Valente foi a primeira mulher a pleitear a presidência da CUT. “Fui candidata sem ter, naquela época, essa visão da importância do empoderamento feminino”.
“É uma honra ter mulheres presidindo entidades como a FETEC, a Contraf e sindicatos de bancários. A categoria bancária está de parabéns por produzir lideranças como Aline, Ivone, Neiva e Juvandia.”
Mônica lembra que a trajetória da CUT foi fundamental na construção de caminhos para direitos e valores nada notórios na década de 80, mas evidenciados em grandes projetos que transformaram a história do país, especialmente durante os governos Lula e Dilma.
“Minha entrada na CUT coincidiu com a conquista das cotas para mulheres, fortalecendo a visão de sindicato cidadão. Há 30 anos, a CUT introduziu temas que não faziam parte do nosso cenário, como a pauta do racismo”.
“O Seminário é importante para que nossas bases reconheçam que essas tantas conquistas não caíram do céu. São resultados de uma longa luta que segue sendo incessante”.
Aline Molina fechou a primeira parte do evento destacando os obstáculos para os próximos anos.
‘’Estamos vivendo uma epidemia de transtornos mentais numa sociedade que nos esgota. Nossa categoria está de fato adoecendo. Somos a vanguarda desse movimento de luta por direitos e precisamos refletir de forma séria e aprofundada sobre esses novos desafios’’.
Confira entrevista completa com os convidados do Seminário nas redes sociais da FETEC-CUT/SP:
- Instagram: fetecsp
- Facebook: fetecsp
- Youtube: FETEC CUT SP
- Twitter: fetecsp
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