No mês mais letal da pandemia do novo coronavírus no Brasil, abril de 2021 registrou 82.401 mortes por complicações causadas pela Covid-19, doença provocada pelo vírus, Araraquara registrou 62% de queda no número de vidas perdidas.
O município, que fica a 273 km da capital paulista, foi o primeiro do país a adotar lockdown rígido, controlado, aliado a políticas públicas para ajudar a população mais carente a fica em casa sem morrer de fome. De acordo com o prefeito Edinho Silva (PT), que enfrentou forte resistência de empresários, em especial do comércio e serviços para implantar a medida, o número de óbitos caiu de 129 para 49 entre março e abril.
E nas últimas 24 horas, Araraquara não registrou nenhuma morte por Covid-19, segundo o boletim epidemiológico da prefeitura divulgado terça-feira (4). O município permanece com um total acumulado 394 óbitos desde o início da pandemia. Também foram confirmados mais 38 casos e agora são 19.166 infectados desde março do ano passado.
Lockdown de verdade
O lockdown decretado pelo prefeito Edinho Silva restringiu totalmente os serviços na cidade, inclusive com controle de circulação de pessoas, que só podiam sair de casa se precisasse ir à farmácia ou hospital. Até supermercados ficaram fechados e atenderam só por meio de delivery.
Os ônibus também não circularam. A medida, que começou em 21 de fevereiro, durou 10 dias e 45 dias depois a cidade colhe o resultado.
O lockdown, no entanto, foi uma medida emergencial para conter as altas taxas de transmissão da nova cepa do vírus e as consequentes mortes. Antes dele, Edinho tinha adotado várias outras medidas que fizeram Araraquara se tornar um exemplo desde o começo da pandemia. E essas ações contribuíram também para o sucesso do próprio lockdown.
Confira a série de políticas públicas adotadas em março de 2020 para conter a pandemia:
A estratégia do prefeito de combater o vírus foi elogiada por especialistas da área da saúde que enxergam o lockdown e as outras políticas fundamentais, se não a única alternativa, para o Brasil diminuir drasticamente o número de casos e óbitos.
Ao contrário do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) que tem adotado desde o início o negacionismo e criticado medidas que salvam vidas, Araraquara colhe os frutos do lockdown e das políticas adotas com queda de casos e óbitos da doença.
Um dia antes do decreto do prefeito Edinho, a cidade havia batido o recorde diário de casos confirmados, com 248 registros, o correspondente a 46% dos testes analisados. No início do lockdown, em fevereiro, Araraquara somava 218 pacientes hospitalizados pela Covid-19, sendo que desses, 180 eram moradores da cidade e 48 eram transferidos de outros municípios.
No pico das internações por Covid-19, o que ocorreu em 26 de fevereiro, 209 moradores estavam hospitalizados com a doença. Um mês depois, a média móvel diária de novos casos caiu de 189 para 80, ou 58% menos.
Os efeitos positivos da paralisação total vieram em abril. A taxa de óbitos caiu para 49, conforme dados do comitê de contingência do novo coronavírus da cidade. Também melhoraram os índices de novos casos e o total de moradores internados.
Para efeito de comparação, em março, a cidade teve recorde, foram 129, número que caiu para 49 em abril conforme dados do comitê de contingência —o acumulado desde o início da pandemia é de 387 óbitos.
Na contramão do país
No cenário nacional, ao contrário de Araraquara, o Brasil continua com o patamar alto de mortes, com média móvel diária acima de 2 mil.
Com o relaxamento de medidas de distanciamento social e a flexibilização das atividades econômicas, especialistas já observam uma terceira onda da doença antes que seja atingido um índice significativo de vacinação.
O Brasil bateu a marca de 400 mil mortes, 100 mil delas num intervalo de apenas 36 dias, o que representa 33% de crescimento desde 24 de março.
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