
Os trabalhadores do ramo financeiro de todo o Brasil realizam, na sexta-feira (28), atos de luta para marcar o “Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho” e o “Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho”.
Proposto pelos movimentos sociais dos Estados Unidos, a data é uma homenagem a 78 trabalhadores que morreram nesse dia, em 1969, na explosão de uma mina em Farmington, no estado da Virgínia. Em 2003, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) elegeu o “28 de abril” como data dedicada a valorizar a segurança e a saúde do trabalho. Desde então, manifestações acontecem em todo o mundo.
“As diferentes iniciativas, com pequenas variações no nome, convergem na luta, que deve ser lembrada todos os dias, pela promoção do trabalho digno, seguro e saudável”, salienta Mauro Salles, secretário da Saúde da Contraf-CUT.
É válido lembrar dos trabalhadores e trabalhadoras vitimados por acidentes do trabalho, doenças profissionais e outras doenças relacionadas ao trabalho, para que tais perdas humanas jamais voltem a acontecer. E que jamais sejam toleradas e ‘naturalizadas’ pela sociedade, pelos empregadores e pelos governos. E isto deve ser dito e repetido, no 28 de abril e em todos os outros dias do ano, todos os anos.
A categoria também vai se mobilizar em um grande tuitaço, a partir das 11 horas, com a #MenosMetasMaisSaúde.
"Bancários e bancárias ainda sofrem dentro dos ambientes de trabalho, desgastando a sua saúde física e mental ao longo de jornadas de trabalho extenuantes, sem pausas para descanso, com metas de produção inalcançáveis e cada vez mais crescentes, convivendo com riscos de assaltos e sequestros, tendo de dar conta de inúmeras tarefas. Estaremos nas redes denunciando essa triste realidade e para deixar claro o recado aos bancos: a saúde da trabalhadora e do trabalhador é um direito humano fundamental, um direito inalienável. Ela não pertence aos bancos, aos convênios particulares, aos departamentos médicos", destaca a secretária geral do Sindicato dos Bancários de Araraquara e secretária de Saúde da Fetec-CUT/SP, Rosângela Lorenzetti.
"Para a melhoria da saúde da categoria é necessário a participação dos bancários no processo que define a organização do trabalho. O modelo organizacional praticado pelos bancos faz mais e mais vítimas a cada dia e trata os funcionários como descartáveis. Muito mais do que remuneração, precisamos ter nossa saúde preservada, nosso direito a um trabalho digno e decente”, reforça Rosângela.
Adoecimento e morte entre bancários
De 2012 a 2021, 42.138 bancários receberam o benefício acidentário reconhecido pelo INSS por conta de doenças e acidentes relacionados ao trabalho. No mesmo período, 156.670 bancários tiveram reconhecido o afastamento por doença comum.
Cerca de 54% destes benefícios comuns, no entanto, referem-se a doenças características do trabalho bancário: transtornos mentais, LER/Dort e do sistema nervoso. Ou seja, o que foi reconhecido como acidentário pelo INSS não condiz com a realidade, já que o adoecimento ligado ao trabalho é muito maior do que o efetivamente reconhecido.
Os dados são do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho – uma iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT), em cooperação com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) – e foram compilados pelo Dieese.
Transtornos mentais nos bancos
A partir de 2013, transtornos mentais e comportamentais passaram a ser a principal causa de afastamentos na categoria bancária. De 2012 a 2021, apenas os transtornos mentais foram responsáveis por 5% dos afastamentos por acidentes de trabalho (auxílio previdenciário B-91), e 10% dos afastamentos por doenças comuns (B-31), nos grupos econômicos em geral (conjunto total dos trabalhadores brasileiros).
Porém, no mesmo período, no setor econômico em que estão inseridos os bancos e as financeiras, os transtornos mentais representaram 39% dos afastamentos por acidentes e doenças do trabalho e 29% dos afastamentos não reconhecidos como acidente ou doença do trabalho.
“Ou seja, mesmo subnotificadas e não reconhecidas como tais, as doenças do trabalho que acometem os bancários são um alarmante sinal de um sistema de organização do trabalho que adoece muito mais que outras categorias”, afirma Salles. “Já passou da hora de os bancos serem responsabilizados por esta prática agressiva e criarem um ambiente de trabalho que realmente respeite o ser humano”, completa.

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