Por Neiva Ribeiro*
O ataque à soberania nacional, pelo bilionário Elon Musk, proprietário da rede social X, antigo Twitter, confirma que as redes sociais podem estar a serviço de uma estratégia política. O desrespeito às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) representam um ataque ao Estado Democrático de Direito e à independência do Judiciário. Representa também uma manobra estratégica contra o governo Lula. E evidencia uma disputa ideológica desigual e preocupante porque a extrema direita investe (e muito) nas redes sociais.
É preciso avançar na construção de uma regulação nas plataformas digitais e estabelecer parâmetros de transparência e integridade das informações. Para isso, devemos avançar em uma legislação nacional, como o PL 2630 em discussão desde 2020, o Projeto de Lei institui a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet.
A regulação não significa censura. Assim como liberdade de expressão não pode significar autorização para disseminação de mentiras, discurso de ódio e incitação à violência. Sabemos bem os efeitos das fake news. As vacinas no Brasil foram descredibilizadas. Doenças erradicadas estão voltando. Difamação prejudicando pessoas e ameaçando vidas. A regulação tem comprometimento com a verdade e neutralidade tecnológica, a busca de um ambiente saudável.
Não podemos esquecer que as redes sociais são empresas privadas que estão utilizando do poder de alcance e influência para benefícios próprios. A instrumentalização das redes sociais interfere no dia a dia de cada pessoa. Influenciando em hábitos de consumo, determinando padrões que impactam na autoestima das pessoas, prejudicando as relações sociais com ampliação de ansiedade e depressão. Intervém nos rumos da política e na soberania de um Estado.
Além disso, as redes sociais, através dos algoritmos, trabalham com impulsionamento e o direcionamento de conteúdo que tendem a impedir a diversidade e a ampliar tensões, dificultando debates construtivos.
A ação de Musk está combinada com a de uma extrema direita que aposta na desestabilização de países para que possam avançar com seus negócios, passando por cima de qualquer lei e dos interesses de qualquer nação. A falsa desculpa da liberdade de expressão é usada para descumprir leis e incitar revoltas, em países como a China e a Rússia.
A democracia garante a liberdade. A liberdade também deve garantir a democracia. Precisamos avançar na regulação para o próprio fortalecimento democrático.
*Neiva Ribeiro é coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região
Trabalhadores consolidam na 17ª Plenária da CUT mais um passo contra o assédio de demais violências
João Fukunaga deixa a presidência da Previ após devolver superávit histórico à entidade
Cabesp inicia processo eleitoral para triênio 2026/2029
Outubro Rosa: Convenção Coletiva garante direitos e proteção à saúde das mulheres bancárias
Bancárias participam de Plenária de Mulheres da CUT e reforçam unidade de trabalhadoras
Contraf-CUT lança a 3ª Copa Contraf-CUT de Futebol Virtual (EA FC 25)
Saúde Caixa: Entenda a importância do reajuste zero
Ameaça de perda de função e sobrecarga de trabalho são as principais formas de assédio organizacional dentro da Caixa
Audiência na Câmara celebra 40 anos da primeira greve nacional dos bancários
Institucional
Diretoria
História
Conteúdo
Acordos coletivos
Galeria
Notícias